
Inês Lopes
da Universidade de Coimbra viu o seu trabalho de conclusão de curso intitulado “Materialização de Uma Memória Amputada | Proposta de Intervenção no Palácio de Manique do Intendente”e orientado pelo Professor Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos Correia, ser selecionado pela plataforma Archdaily.
Materialização de Uma Memória Amputada | Proposta de Intervenção no Palácio de Manique do Intendente
Construído como peça central de um ambicioso plano urbano iluminista, o Palácio de Manique do Intendente é um fragmento de um sonho amputado pelo assassinato do seu promotor, Diogo Inácio Pina Manique. A obra, nunca terminada, foi ao longo do tempo alvo de furtos, adaptações e ampliações que alteraram em grande parte a sua fisionomia. Também a construção arbitrária envolvente contribuiu para que a relação do edifício com a vila se visse drasticamente alterada dos planos iniciais. Indiferente aos habitantes com os quais está há muito divorciada, a obra não passa despercebida por quem ali é visitante. Imponente e monumental, o edifício setecentista, que permanece em ruína, constitui-se como um importante testemunho histórico e arquitetônico da época.
À luz do programa REVIVE, torna-se imperativo refletir sobre esta herança expectante, reclamando-a para usufruto público. O exercício propõe a construção de um instrumento de regeneração urbana, social e económica numa readaptação às necessidades atuais. Materialização de uma memória amputada ganha forma através de uma proposta de intervenção sobre o construído que contrarie a tendente degradação deste património e do meio que o envolve, numa tentativa de completar e requalificar o edifício com um novo programa turístico regenerador do espaço e economicamente rentável.
Autora: Inês Sofia Bernardo Lopes
Orientador: Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos Correia
Instituição: Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra | Darq – FCTUC (Coimba/Portugal)
O trabalho foi submetido na referida plataforma em contexto de chamada de trabalhos aberta para “Os melhores trabalhos de conclusão de curso em 2020”.
Nesta edição foram submetidos um total de 427 propostas do Brasil, Portugal e Moçambique. (apenas 1,7% dos trabalhos submetidos são de finalistas Portugueses). Passaram à fase de seleção apenas 40 trabalhos, 2 de Portugal.