Résidences Benelux

Résidences Benelux – A cidade Esch-zur-Alzette no Luxemburgo, é procurada por muitas famílias jovens que pretendem viver num meio urbano, mas que ao mesmo tempo desejam usufruir do espaço natural. É uma cidade densamente povoada, com um ambiente cosmopolita e urbano. O lote projetado encontra-se junto a um pequeno largo, que cria um momento de pausa, no ritmo da longa Rue de Belvaux.

A premissa para este projeto foi de criar duas experiências diferentes de vivência no espaço. Uma que se adapte a uma procura mais urbana e outra que permita a coexistência de um ambiente natural e descontraído.

O Lot 1, junto à Rue de Belvaux, manteve a presença do edifício existente, que sofreu algumas alterações devido a algumas características devolutas. A estrutura foi mantida, inclusive o espaço comercial, tendo apenas sido criada uma zona de passagem que atravessa a parte inferior do edifício. Todo o edifício é revestido com painéis fenólicos de cor clara, mantendo a continuidade tonal da rua.

Um dos desafios do Lot 2, foi criar um edifício que estivesse em união, com o edifício Lot 1. Os materiais de revestimento exterior usados foram idênticos ao Lot 1, para se promover assim a união entre ambos, apesar da separação física. Estes materiais são resistentes às variações de intempéries e não requerem manutenção assídua.

Respondendo às características específicas do lugar, o edifício Lot 2, abre-se para o vazio, vislumbrando uma paisagem intocada, enquanto obscurece a sua envolvente urbana. A construção encontra-se absorvida pelo meio natural, transparecendo calma e serenidade.

As coberturas são todas ajardinadas, de modo a controlar-se a alteração de temperatura no interior. E, também permitem uma certa camuflagem da arquitetura na natureza envolvente.

A organização do espaço exterior é simplificada e funcional, através de um formato em “I”. Este formato permite que haja fluidez no interior de cada pátio, e que ambos os pátios — o da entrada e o tardoz — criem um elo de união ao edifício. Assim, através de um conjunto de linhas direitas entramos num espaço de pertença, que integra a arquitetura e a natureza.