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A sexta edição do Open House Lisboa, agendada para 23 e 24 de setembro, irá abrir 87 espaços da cidade ao público, dispondo de um programa de acessibilidades, inédito, destinado “a pessoas com limitações auditivas, visuais ou cognitivas”
Em conferência de imprensa na Casa dos Bicos – Fundação José Saramago, a organização do evento destacou alguns dos locais emblemáticos a figurar no mapa da Open House Lisboa, tendo o presidente da Trienal de Arquitetura de Lisboa, José Mateus, destacado as 80 mil visitas das cinco últimas edições do evento, que sempre contaram com uma “grande adesão”.
Segundo o presidente da Trienal, o programa adapta-se tanto a “cidadãos e pessoas que não têm a ver com a disciplina da arquitetura”, como aos “especialistas e ao público mais exigente” que ficarão satisfeitos com “o trabalho preparado com rigor”.
Neste ano, o roteiro aposta em mais espaços privados, habitualmente inacessíveis ao público, sendo que 50 deles já figuraram em edições passadas e 37 serão espaços novos. O representante da instituição sem fins lucrativos reiterou, também, que o importante é que “as pessoas atravessem a cidade”, “conheçam espaços diferentes e autores mais e menos reconhecidos”.
Por fim, José Mateus frisou os três programas adicionais: o programa Open House Junior, dedicado aos visitantes mais jovens (dos três aos 16 anos), o Programa Plus, relacionado com “iniciativas privadas” e propostas “interessantes para alargar” os itinerários da edição mais recente, e o novo Programa de Acessibilidades, com “visitas [e percursos específicos] para as pessoas que têm limitações, nomeadamente [os casos da] deficiência visual, auditiva [ou] cognitiva”.
Este último projeto inclui visitas acompanhadas com intérpretes para Língua Gestual – 16 no total – divididas por oito espaços, em formato de mapa temático, uma oportunidade para “oferecer chaves as pessoas” que podem ter ou não “uma formação específica nesta área da arquitetura”, afirmou a presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), Joana Gomes Cardoso.
A dupla guiou-se por cincos pontos estruturantes: “a recuperação e os novos usos, os equipamentos que respondem às crescentes exigências da cidade, as novas centralidades, a resposta à imensa procura turística e, no quinto lugar, os tesouros que não [querem] perder.”