
O projeto “Coimbra Alta-ARU” em Coimbra, a “Requalificação do Espaço Público da Mouraria” em Lisboa, a “Reabilitação da Fábrica dos Leões” em Évora e a “Recuperação de habitação para Turismo no Espaço Rural-Casa de Campo”, no Lugar de Felgueira, foram os grandes vencedores do prémio IHRU 2013.
Atribuídos desde há 25 anos a esta parte pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), os prémios IHRU distinguem projetos nas vertentes de “Área de Reabilitação Urbana”, “Reabilitação ou Requalificação de espaço público”, “Reabilitação de conjunto urbano” e “Reabilitação de edifícios”.
No contexto de “Área de Reabilitação Urbana” o grande vencedor foi o projeto “Coimbra Alta-ARU”, que segundo o júri do prémio, apresentou o “programa estratégico” com “maior profundidade no seu conteúdo”.
Projeto “Coimbra Alta-ARU”
Na categoria de “Reabilitação ou Requalificação de espaço público”, a distinção recaiu sobre a “Requalificação do Espaço Público da Mouraria” levada a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa, tendo o júri considerado que “mereceu elogio pela aparente simplicidade na opção dos materiais e das cores em intervenções de elevado grau de complexidade”, tendo recuperado os espaços de uma “forma integrada, introduzindo melhorias significativas de acessibilidade, de infraestruturas e funcionais”.
Requalificação do Espaço Público da Mouraria
A “Reabilitação da fábrica dos Leões”, na cidade de Évora e promovida pela Universidade de Évora, venceu o prémio IHRU 2013 respeitante à “Reabilitação de conjunto urbano”, uma vez que segundo o júri “foi meritório o resultado revelado pela capacidade da equipa técnica de encontrar soluções para um conjunto daquela dimensão e complexidade, com limite de custo de obra tão reduzido”.
Reabilitação da fábrica dos Leões | Inês Lobo, arquitectos + Ventura Trindade, arquitectos
Já a “Recuperação de habitação para Turismo no Espaço Rural-Casa de Campo”, localizada no Lugar de Felgueira, da freguesia de Arões, no concelho de Vale de Cambra recebeu o prémio respeitante à categoria de “Reabilitação de Edifícios”. Uma recuperação levada a cabo por Vasco Tavares e Marta Tavares, que foi distinguida por ter como alvo um “tipo de edifício que já se tinha tornado invulgar para as características construtivas e padrões arquitetónicos atuais” e pela dificuldade das obras de reabilitação executadas, que conseguiram “recuperar o carácter do edifício”.
Recuperação de habitação para Turismo no Espaço Rural-Casa de Campo | André Eduardo Tavares Arquiteto
Dois outros projetos receberam ainda menções honrosas. Foram os casos da “Reabilitação do Conjunto Urbano da Devesa” e a “Reabilitação da Habitação Unifamiliar do Bonjardim 953”.
A “Reabilitação do Conjunto Urbano da Devesa”, em Vila Nova de Famalicão, promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, recebeu uma menção honrosa pela “Reabilitação de espaço público”, por apresentar “uma solução de simplicidade na resolução dos problemas”, tendo recebido elogios “enquanto parque ecológico e com importante elemento de vitalização urbana”.
Já a “Reabilitação da Habitação Unifamiliar do Bonjardim 953”, no Porto, recebeu uma menção honrosa por ter sido “a intervenção de reabilitação mais completa, no ponto de vista estrutural e de segurança e melhor enquadrada nos conceitos de reabilitação de edifícios, no que diz respeito à salvaguarda do património existente”.
O prémio IHRU recebeu este ano 28 candidaturas, que foram analisadas por um júri presidido pelo arquiteto Souto Moura, vencedor no ano passado pela reconversão do Mercado Carandá, em Braga, num espaço cultural.