Início em 14/10/2021 até 11/12/2021

No Palácio Sinel de Cordes apresentamos a exposição que revisita as colecções de arquitectura da Future Architecture Platform, resultante do open call 2021 Landscapes of Care, no qual a Trienal de Arquitectura de Lisboa seleccionou dois emergentes.
A partir da ideia apresentada por Anna Ulrikke Andersen e da sua selecção e recolha de objectos expositivos de diferentes formatos, o L’Atelier Senzu criou o desenho expositivo de Condições Crónicas: Corpo e Construção.
Abordagem curatorial
À medida que temos mais longevidade, mais pessoas irão viver com doenças crónicas. A partir de uma narrativa pessoal de doença reumática crónica, a curadora desta exposição questiona: como respondem os nossos corpos aos edifícios?
Esta exposição usa a perspectiva do paciente captada em fotografias recentes e filmes originais para revisitar uma selecção de desenhos e fotografias das principais colecções europeias pertencentes à Future Architecture Platform. Partindo do corpo com doença crónica, focamo-nos nos fluidos, junções e orifícios, tanto nos corpos como nos edifícios, explorados na arquitectura e na arte de 1822 a 1983.
Não é possível um guia completo de A a Z para esta temática. A exposição destaca que o plano que apresentamos está incompleto e deveria ser mais desenvolvido. Em vez disso, deslocamo-nos de A a X: A de Arquitectura, até X, o futuro desconhecido, mostrando como as doenças crónicas afectam a nossa experiência de paisagens, edifícios e infra-estruturas. Como podemos configurar um novo alfabeto para nos ajudar no novo amanhã?
Colecções
- Academia Real das Artes, Londres
- Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
- MAO – Museu de Arquitectura e Design, Liubliana
- MAXXI – Museu Nacional das Artes do séc.
- XXI – Collezione Architettura, Roma
- Museu de Arquitectura da Estónia, Talin
- Museu de Arquitectura de Wrocław
- S AM – Museu Suíço de Arquitectura, Basileia
Desenho expositivo
Concebida pelo L’Atelier Senzu, a cenografia centra-se na utilização da matéria têxtil combinada com o upcycling de elementos expositivos para a criação de um ambiente intimista. Em parceria com a Burel Factory, um conjunto de painéis foi desenhado em burel, um tecido artesanal português feito de lã de ovinos da Serra da Estrela, que transfigura as salas expositivas do Palácio e tira partido das singulares propriedades acústicas e térmicas deste têxtil. Com o reaproveitamento de material de anteriores exposições, o conceito deste desenho expositivo vem sublinhar as preocupações da Trienal na frente da sustentabilidade.
Com obras de
- Benjamin Robert Haydon
- Carlo Scarpa
- Jerzy Mokrzyński
- Josip Osojnik
- Lucía de Mosteyrín Muñoz
- Mário Novais
- Ott Puuraid
- William Home Lizars
- Max Rasser
- Samuele Tirendi / denkstatt sàrl
- Tibère Vadi
Fotografias e citações de pacientes
Recolha
- Anna Ulrikke Andersen
- Anne Silje Bø
Colaboração
- Norsk Folkemuseum
- minner.no
- Norsk Revmatikerforbund Østfold
- Bekhterev Norge
Apoio
- Norwegian Arts Council
Contribuições
- Ann Lise Aaseth
- Elling Ola
- Drege Kirkhorn
- Fredrik Joramo
- Helga Marie Holt-Seeland
- Håvard Jektnes
- Knut Forbergskog
- Laila Holgersen
- Marte Karoline Lieng
- Åshild Marie
- Grønningsæter Vige
Filmes de
- Anna Ulrikke Andersen
Biografias
Anna Ulrikke Andersen
é uma historiadora da arquitectura e cineasta norueguesa, actualmente investigadora de pós-doutorado na Universidade de Oxford. É doutorada em arquitectura pela Bartlett School of Architecture. Em 2018-19, foi bolseira no Harvard Film Study Center, onde começou a explorar o cinema, a escultura e a escrita de ensaios como métodos para investigar a arquitectura experienciada por pessoas que vivem com doenças crónicas. Em 2021, recebeu a prestigiosa Bolsa de Trabalho para Jovens Artistas do Conselho de Artes da Noruega. O seu primeiro livro, Christian Norberg-Schulz: An Architectural History through the Essay Film, será publicado pela Bloomsbury Publishing em 2022.
L’Atelier Senzu é uma prática de arquitectura com sede em Paris, fundada em 2015 por Wandrille Marchais e David Dottelonde. O atelier explora diferentes áreas da criação para imaginar respostas únicas aos desafios climáticos e sociais. Venceram o concurso internacional para a transformação da Câmara dos Notários, localizada na Place du Châtelet em Paris, e recentemente concluíram a nova Galerie Perrotin na mesma cidade. Também estão a desenvolver o primeiro edifício estrutural em taipa da capital francesa.
Em 2021, L’Atelier Senzu ganhou o prémio “Albums des Jeunes Architects et Paysagistes (AJAP)”, um prémio bienal do Ministério da Cultura. Foram também galardoados pela «Academia de Belas Artes» que atribui anualmente cinco prémios a jovens artistas nas disciplinas de pintura, escultura, arquitectura, gravura e composição musical.
Sábado: 11h00 – 19h00
- Exposição: Condições Crónicas
- Tema: Corpo e Construção