FAUP Comunicação

Conferência Marques da Silva 2020: ‘Resiliência’ por Inês Lobo [Evento adiado*]

Início em 18/11/2020 até 18/11/2020

Categorias: Conferências

* COVID 19

‘Resiliência’

, este era o tema que Inês Lobo se propunha desenvolver na edição 2020 das Conferências Marques da Silva. A entrada em vigor de um novo estado de emergência levou ao reequacionar da sua realização na data prevista, 18 de novembro, e abdicar do formato presencial e da ligação à FAUP, condições que acompanham e ajudam a definir o caráter deste Ciclo desde o momento em que foi lançado, não foram opções a considerar. Em 2021, num outro contexto e com outra segurança, as Conferências Marques da Silva regressarão demonstrando, também elas, a sua ‘resiliência’.

 

É de Resiliência que Inês Lobo, a conferencista da edição 2020 da Conferência Marques da Silva, se propõe falar. Quando o presente se vai reconfigurando momento a momento sob a inquietação de um horizonte difuso, esta arquiteta e professora da UAL e do ISCTE de Lisboa volta o seu olhar para o que significa ser Arquiteto, para o sentido das nossas Cidades e para Arquitetura, aquela que realmente importa e onde podem ser encontradas as respostas para os problemas de hoje.
Cumprindo a tradição, a 14.ª Conferência deste ciclo conta com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e vai decorrer no dia 18 de novembro, às 18h30 no Auditório Fernando Távora – FAUP.

Devido ao contexto pandémico* em que vivemos, a lotação estará sujeita a uma significativa redução de lugares, pelo que o acesso presencial à sessão carece obrigatoriamente de inscrição prévia [formulário].

Este evento será transmitido online em direto e é também passível de ser registado e divulgado através de fotografia. Informa-se que o programa está sujeito a alterações (sem aviso prévio) e que não serão emitidas declarações de presença ou assistência online.

Sinopse

“Gosto particularmente da palavra resiliência. Ou seja, da “Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.” — como nos recorda o dicionário.RESILIÊNCIA 01 . Arquitecto

É talvez a palavra que melhor descreve a capacidade que os arquitectos têm de se reinventar.
Pertencemos a um tempo, um tempo frágil, desumano, precário, assimétrico…
É nele que nós, não especialistas, somos chamados a ler a realidade. Chamados a reconhecer, a procurar, a eleger, a consagrar, a propor sínteses.

RESILIÊNCIA 02 . Cidade

Sínteses que são exercícios sobre o sentido das nossas cidades — elas que são a maior invenção do homem, sistemas vivos e complexos, não poucas vezes disfuncionais — exercícios que se esperam lúcidos sobre o seu presente e futuro.

A Cidade contemporânea encerra contradições profundas e enfrenta desafios paradoxais. É vivida por não habitantes, exige e afeta recursos que não possui e escasseiam, compete no mercado global e deve manter o significado local.

No ano 2008, mais de metade da população mundial passou a ser urbana. Todavia, não necessariamente habitante na Cidade. A esta concentração urbana não tem correspondido um acesso plural e generalizado à Cidade. Já que, na sua maior parte, as novas populações urbanas a cercam enquanto ela definha.
Antes de mais, urge devolvê-la a quem a inventou. Repor os seus sistemas em funcionamento. O que nos obriga a reflectir sobre: espaço público, espaço privado, programas, proximidade, acessibilidade/mobilidade e conforto. Este exercício implica o reconhecimento/entendimento da cidade, a reinvenção de um modo de a habitar que seja o deste tempo.

RESILIÊNCIA 03 . Arquitectura

Resiliência aplica-se aos arquitectos, às cidades e também à arquitectura. À arquitectura que realmente importa: a que se afirma como um acto político, a que é feita por homens e para os homens, aquela que tem como objectivo a construção de espaços livres para homens livres. É nesta arquitectura que encontramos as respostas para os problemas de hoje.”

Nota biográfica:

Inês Lobo (Lisboa, 1966) Arquiteta pela Escola Superior de Belas Artes em 1989. É professora na Universidade Autónoma de Lisboa e Professora Convidada no ISCTE da Universidade de Lisboa. Iniciou o seu percurso profissional em 1989, tendo fundado o seu próprio escritório, Inês Lobo Arquitectos, em 2002. É regularmente convidada para palestras em seminários e conferências internacionais.
 Foi participante convidada nas Bienais de Veneza de 2016, “Reporting from the front”, e 2018, “Freespace”. Vem desenvolvendo igualmente actividade como curadora e comissária de exposições de arquitectura, tendo sido responsável pela Representação Portuguesa na Bienal de Veneza 2012, e delegada portuguesa da VIII BIAU – Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Urbanismo. É também presença regular nos júris de prémios de arquitectura internacional e nacional, como o prémio FAD, em 2012, ou o prémio Secil, em 2006. Em 1999 recebeu o título de Oficial da Ordem do Mérito pelo Presidente da República; em 2013, o prémio “Mulheres criadoras da cultura” atribuído pelo governo português; em 2014 o Prémio Internacional ArcVision – Mulheres e Arquitetura; e em 2017 o Prémio AICA da Secção Nacional da Associação Internacional de Críticos de Arte.

 

* Conheça aqui as “Regras de Acesso e Segurança – Covid-19” da FAUP.

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  • Inês Lobo
ESPECIFICAÇÕES
  • Conferência : Marques da Silva 2020
  • Tema: Resiliência
  • Convidada: Inês Lobo
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