Zet Gallery e DST Group inauguram obra de arte vencedora da 3ª edição do prémio “Arte em Espaço Público & Sustentabilidade”

Início em 02/03/2024 até 02/03/2024

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A zet gallery e o dstgroup vão inaugurar, já no próximo sábado, dia 2 de março, pelas 11 horas, no Complexo Mereces 718, em Barcelos, a obra de arte que venceu a terceira edição do prémio “Arte em Espaço Público & Sustentabilidade”.

A obra “Águas Correntes”, da autoria de Joana Tomas e Vincent Rault, do Muro Atelier, nasce da visão de uma escadaria emergindo da água para alcançar o céu. Dos seus degraus caem gotas, congeladas entre os elementos, e os seus reflexos transformam este arquétipo quotidiano num objeto impossível.

Essa imagem carrega consigo uma mensagem sobre os desafios que enfrentamos com as alterações climáticas e o aumento do nível médio das águas do mar. As escadas, para além da sua função prática de ligar diferentes níveis físicos, têm sido, ao longo da história, um símbolo de poder em diversas culturas.

Ao mudar o propósito da escultura para representar uma ascensão simbólica em direção à sustentabilidade, o projeto transcende-se de uma narrativa visual para uma mensagem mais ampla e conceptual. Perante o dilúvio, pode-se querer fugir da realidade, mas também escolher um caminho consciente e refletir sobre o nosso papel na construção de um futuro mais sustentável.

“Cada degrau da escadaria torna-se num marco na nossa jornada, representando, não apenas o progresso físico rumo ao topo, mas também o crescimento e a evolução pessoal. É um lembrete de que até os passos menores são importantes na caminhada em direção a um objetivo maior. A forma helicoidal da escadaria, assemelhando-se a uma sequência de ADN, ilustra uma conexão intrínseca entre todos os elementos da vida e da natureza”, afirma Joana Tomas, co-artista da obra.

A escolha dos materiais, excedentes e reciclados, para a construção da escadaria, não apenas reduz o impacto ambiental da obra, como também adiciona camadas de significado à sua narrativa.

“Estes materiais, que de outra forma seriam descartados, são ressignificados e transformados numa obra de arte que celebra a criatividade humana e a capacidade de regeneração. À medida que a natureza abraça a estrutura, com plantas trepadeiras envolvendo os degraus, assistimos a um renascimento, como se estivéssemos a testemunhar a própria Terra emergindo das profundezas, renovada e revitalizada”, acrescentou ainda Vincent Rault, o outro coautor de “Águas Correntes”.

Além da escadaria, os três bancos posicionados na frente paisagística são convites para a contemplação e o diálogo. A forma assemelhada aos degraus simboliza a interconexão entre todos os elementos e convida os visitantes a envolverem-se com a sua mensagem. Assim, a escadaria não é apenas uma estrutura física, mas sim um símbolo multifacetado de esperança, progresso e conexão. É uma declaração poética sobre a interseção entre arte, natureza e sustentabilidade. É um convite para dançar na chuva da mudança, abraçando cada gota como uma promessa de renascimento.

Recorde-se ainda que a dupla de artistas do “Muro Atelier” já viu obras suas, tais como: “Luar”, “Mandala”, “Ecume”, “Bloom in Blue”, “Lavomatique” ou “Manu” expostas em diversos países, como Portugal, Espanha ou França, entre outros.

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ESPECIFICAÇÕES
  • Inauguração: Arte em Espaço Público & Sustentabilidade
  • Localização: Complexo Mereces 718 - Barcelos
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