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O arquitecto Álvaro Siza Vieira afirmou-se hoje “grato e satisfeito” com a classificação como monumentos nacionais da Casa de Chá da Boa Nova e das Piscinas de Marés, em Matosinhos, salientando a importância da distinção para a arquitectura contemporânea.
“É uma grande satisfação. Estou grato e satisfeito por mim, mas também pela arquitectura”, assumiu hoje o arquitecto que viu duas das suas obras merecerem o estatuto de monumento nacional. Para Siza Vieira, o reconhecimento vale mais para a área do que para si, “porque a arquitectura contemporânea é olhada ainda muito com desconfiança”.
“Quando um arquitecto vai trabalhar num sítio belo, a primeira reacção da maioria das pessoas é ‘lá vai ele estragar’, lamentou. O arquitecto, premiado com o prémio Pritker, em 1992, acredita que é “esse espírito, essa não compreensão de tudo o que mudou e de como se faz arquitectura hoje em dia” que motiva o desaparecimento de muito do património arquitectónico.
O Conselho de Ministros aprovou hoje um decreto que classifica oito monumentos como nacionais, entre os quais a Casa de Chá da Boa Nova e as Piscinas de Marés, em Matosinhos.