8ª Bienal de Arte Contemporânea da Maia vai ao encontro da comunidade em contentores

Categorias: Arquitetura

Import/Export é o mote da edição que, pela primeira vez, se estende pelo território da Maia, com intervenções em contentores, que convidam à reflexão e à partilha de visões sobre a relação entre as cidades e a sua comunidade. Tanto a exposição como as atividades paralelas são de entrada livre e gratuita.

Pensada para democratizar o acesso à cultura e instigar novos pensamentos e comportamentos sobre as cidades, a Bienal de Arte Contemporânea da Maia vai ao encontro da comunidade. Este ano, o evento assenta em 4 clusters de programação – arquitetura, design, artes plásticas e novos media – que se desdobram em 16 contentores, dispersos por setes locais do concelho.

Num ano em que a Maia celebra 500 anos da atribuição do Foral Manuelino ao concelho, esta oitava edição, que decorre de 11 de maio a 27 de julho, questiona os limites e as fronteiras contemporâneas dos territórios. Tendo como mote “Import/Export”, o evento reflete sobre a relação entre as pessoas e a identidade, num mundo cada vez mais global.

No total, reúne a visão de mais de 40 artistas nacionais e internacionais (Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América, Dinamarca, Holanda, França, Inglaterra, Itália, Macedónia, Suíça, Venezuela), através de 24 novas criações e 26 eventos – apresentações de livros, conversas, happenings, performances, visitas, workshops.

A curadoria geral está a cargo da arquiteta Andreia Garcia, que convidou especialistas de cada área para assumir a co curadoria dos diferentes eixos disciplinares.

Na disciplina da arquitetura, sob a tutela de Diogo Aguiar, comissário da Concreta – Feira de Construção, Reabilitação, Arquitetura e Design organizada pela Exponor Exhibitions, e o espanhol Javier Peña Ibáñez, curador comissário do festival Concêntrico em Logroño, as propostas irão incidir sobre o conceito de limite, numa abordagem heterogénea de práticas e visões que caracteriza a arquitetura contemporânea.

Convergindo várias dimensões, o cluster de artes plásticas pretende convocar os visitantes a refletir e intervir ativamente. A área é orientada por Luís Albuquerque Pinho, arquiteto e curador residente no Node Center Berlin, e Luís Pinto Nunes, coordenador do Museu e Gabinete de Exposições da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Na área de design, com curadoria de Vera Sachetti, crítica e curadora associada da Bienal de Istambul’18, com base em Basileia, Suíça, serão apresentados quatro projetos de cariz material e imaterial que refletem sobre o rumo do design contemporâneo. Aqui também a abordagem será multidisciplinar, colocando sempre em questionamento o papel interventivo do design nos dias de hoje.

Os novos media serão também alvo de reflexão na Bienal, com curadoria da investigadora Sara Orsi, promovendo uma base de reflexão e partilha de conhecimento, em muito direcionada para a inclusão de modelos de partilha de criação e pensamento.

Cada área irá intervir sobre quatro contentores, num total de 16, distribuídos por sete locais – Praça Doutor Vieira de Carvalho, Parque da Cidade Desportiva, Maninhos, Castêlo da Maia, Mandim, Feira de Pedras Rubras e Parque da Pícua, onde podem estar isolados ou coexistir com outros contentores. Esta interligação dos clusters pretende estimular a criação de sinergias entre os vários temas, os artistas e a comunidade.

O evento conta também com uma agenda de atividades paralelas, tais como workshops, performances artísticas e lançamentos exclusivos de publicações. A inauguração está agendada para dia 11 de maio às 15h00, terminando com uma festa com curadoria da lovers&lollypops, no New Café Gin Club, na Maia, a partir das 23h00.

Segundo Andreia Garcia, “sendo este um ano de celebração da outorga do Foral Manuelino ao concelho da Maia, é importante escrutinar o conceito das fronteiras invisíveis das cidades e de que forma as geografias contemporâneas se assumem como ameaças à identidade. Ao mesmo tempo que refletimos sobre esses limites, desafiamos as fronteiras de uma bienal que se faz num território polilocalizado, levando a arte contemporânea ao encontro das pessoas e levando a comunidade geral ao encontro da cidade real”.

A Bienal de Arte Contemporânea da Maia é uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Maia. O acesso às exposições e atividades paralelas é livre, gratuito e sujeito à lotação dos vários espaços.

Horário da exposição:
Ter – Sex: 14h – 19h
Sáb. Dom. / Feriado: 10h – 13h; 14h – 19h

Entrada livre nos contentores e acesso livre a todos os eventos, limitado à lotação dos espaços.

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