
O Júri considerou que dos trabalhos apresentados no concurso para o Conjunto Habitacional Luzoestela em Aveiro , e conforme o Relatório Final, a proposta vencedora, do concorrente AND-RÉ – Bruno André & Franscico Ré, Lda, evidencia-se por um conjunto de edifícios que se organizam em forma de “U”, criando uma ampla praça urbana. O espaço encerra-se para o arruamento devido à criação de dois blocos paralelos e dois perpendiculares, apresentado entre eles uma forte relação de proximidade e configurando um espaço vazio que se projeta para o horizonte numa lógica de espaço natural permeável, mantendo o solo orgânico.
Do ponto de vista arquitetónico, o conjunto apresenta uma solução conceptual homogénea e compacta com uma imagem sóbria devido a uma malha assimétrica que uniformiza todas as fachadas.
O júri analisou os parâmetros urbanos, arquitetónicos e económicos e considerou que a proposta apresenta uma adequada integração, no local, bem como uma boa solução em termos de sustentabilidade económica e ambiental.
Relevou, também, a opção de “libertar” uma vasta área para espaço verde totalmente permeável, tentando diminuir o impacto negativo das pré-existências, dado tratar-se de uma antiga zona industrial atravessada por redes viária e ferroviária. O fato de não existir estacionamento em cave, nas zonas destinadas a espaços verdes viabiliza a plantação de árvores, minimizando o impacto na estrutura ecológica.
Outro aspeto positivo, é a organização funcional, dos espaços privados e sociais das habitações bem como o cumprimento da legislação relativamente a acessibilidades. A organização funcional dos fogos permite espaços interiores bem dimensionados e a ventilação transversal é considerada uma mais valia em termos de habitabilidade. Os espaços de comércio e serviços apresentam-se bem localizados, enquadrados com os espaços verdes e com oferta de estacionamento.
No geral, considerou que o conjunto apresenta uma imagem diferenciada, boa relação com a envolvente e respetiva rede viária bem como uma escala adequada e espaços exteriores bem dimensionados, incorporando preocupações ambientais.
A proposta da autoria de Tiago Figueiredo & Luís Pena, Lda, classificada em 2º lugar, evidencia-se pela conceção de dois espaços, subdivididos por um novo atravessamento viário, criando uma malha urbana sobre a qual se organizam a frente dos edifícios, tendo um deles uma relação muito próxima com a Linha do Vouga e sendo o conjunto limitado por uma via paralela à ferrovia
A proposta classificada em 3º lugar, do concorrente Nu.ma, Unipessoal, Lda. o júri considerou interessante o atravessamento pedonal da Linha do Vouga bem como a criação da rede de pistas cicláveis numa malha orgânica e aforma de aproveitamento das águas pluviais.
A proposta da autoria de Ethnomodern, Unipessoal, Lda. , classificada em 5º lugar, o júri considerou a proposta inovadora pois revela criatividade na disposição dos edifícios e no modelo de ocupação em solo que possibilita a permeabilidade dos percursos pedonais de atravessamento transversal. Valorizou, ainda, a boa exposição solar e ventilação natural das habitações bem como a possibilidade de implementação de hortas comunitárias.
A proposta classificada em 6º lugar, do concorrente RVdM, Arquitectos, Lda, o júri considerou interessante a integração da solução no território e a intenção de solucionar todos os acessos, valorizando a forma parcial de apresentar os orçamentos.