No projecto, André Tavares traçará uma história socioecológica da arquitectura no Atlântico Norte a partir dos peixes, com o objetivo de tornar “visíveis as interdependências entre os ecossistemas marinhos e as paisagens em terra, assim como avaliar o impacto ecológico das construções orientadas para a pesca”.
De acordo com o investigador da FAUP, “cada espécie tem naturezas e comportamentos específicos que dão formas a arquitecturas muito próprias”. O estudo pretende tornar mais claras as dinâmicas entre a arquitectura e a natureza, procurando mapear de que modo as decisões em terra têm impacto no mar ou onde existem relações cruzadas na história do Atlântico.
Ainda de acordo com André Tavares, o projecto propõe “olhar para o Atlântico Norte, cruzando lugares nos Estados Unidos com a Noruega, a Islândia, Portugal, França, Canadá e Inglaterra, e olhar para as flutuações das populações de peixe ao longo da história, com destaque para o final do século XIX e a primeira metade do século XX”. Como exemplo, refere que a generalização dos frigoríficos nos Estados Unidos anos de 1950 teve um grande impacto nas populações de bacalhau na Noruega.
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