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A arquitecta Maria Neto, investigadora do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (CEAU-FAUP), venceu a 11ª edição do Prémio Fernando Távora com a proposta de viagem ‘As cidades invisíveis de Dadaab’.
O júri considerou que a proposta, de viagem, de Maria Neto, para estudar cinco campos de refugiados na cidade queniana de Dadaab, durante mais de dois meses, “se distingue, por remeter para a própria essência da arquitectura: o abrigo”.
Para esta edição, o Júri foi presidido pela coreógrafa Olga Roriz e constituído pelos arquitectos Daniel Couto, Inês Lobo (indicada pela Casa da Arquitectura), Cláudia Costa Santos (em representação da OASRN) e Maria José Távora, designada pela família do Arquitecto Fernando Távora.
Maria Neto, nascida em 1986, irá usar a viagem para complementar a investigação para o seu doutoramento intitulada ‘Territórios indefinidos no dilema da acção humanitária. Posicionamento crítico do arquitecto na delineação de estratégias de Abrigo e Planeamento de Emergência’.
O resultado da viagem será apresentado numa conferência na Câmara Municipal de Matosinhos a 3 de Outubro, Dia Mundial da Arquitectura, altura em que será lançada a 12ª edição do Prémio. Para 2017, está previsto o lançamento de um livro com os resultados do trabalho desenvolvido ao abrigo da proposta de viagem.
O Prémio Fernando Távora, uma bolsa de viagem no valor de seis mil euros, é uma distinção anual destinada a arquitectos membros da Ordem dos Arquitectos, sendo organizado pela sua Secção Regional do Norte (OASRN), pela Câmara Municipal de Matosinhos e pela Casa da Arquitectura.
Lançado em 2005, o prémio distinguiu até agora os arquitectos André Tavares, Nélson Mota, Sílvia Benedito, Maria Moita, Cristina Salvador, Armando Rabaço, Marta Pedro, Paulo Moreira, Sidh Mendiratta e Susana Ventura.
Imagens
Dadaab, Hagadera / Fonte: UNHCR
Arquitecta Maria Neto