ARQUITECTURA E ENGENHARIA CIVIL PERDERAM 24% DAS VAGAS

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ARQUITECTURA E ENGENHARIA CIVIL PERDERAM 24% DAS VAGAS

 

Dúvidas, certezas, ansiedade, tranquilidade. Cada jovem vive de forma diferente estes dias que antecedem a escolha do seu futuro educativo. O período de candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior abre amanhã, 17 de Julho, e estende-se até 8 de Agosto, e este ano as instituições disponibilizam 50.820 vagas, menos 641 (1,2%) do que no ano anterior. As maiores quebras, tendo em consideração áreas com um número considerável de vagas, assinalam-se na arquitectura e construção (engenharia civil) e nos serviços sociais.

 

No primeiro caso, há uma quebra de 213 vagas (-9,3% face a 2013), para um total de 2.085. Se tivermos como base de comparação o ano de 2012 então a quebra ronda os 24% na área de arquitectura e engenharia civil. No caso dos serviços sociais, a quebra anual é de cerca de 7,3% e no conjunto dos dois anos a redução foi de 16,7% (o equivalente a 217 vagas). Esta evolução justifica-se em parte pela baixa procura, que levou à extinção de cursos.

 

Por outro lado, as áreas de informática, agricultura, silvicultura e pescas contrariaram a tendência, tendo aumentado vagas nos últimos dois anos. Mas é a área de “engenharia e técnicas afins” que domina a oferta nas instituições de ensino superior. Com 9.022 vagas disponíveis para o próximo ano lectivo, esta área concentra 17,5% do total de vaga, seguida das ciências empresariais e da saúde.

 

Olhando mais finamente para os dados divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência houve cerca de 130 cursos a reduzir vagas e outros tantos a aumentar vagas para o próximo ano, sendo que a maioria dos mais de 1.000 cursos actualmente em funcionamento manteve a oferta do ano anterior. Lembre-se que os cursos que registaram taxas de desemprego superiores à média da área de formação não puderam incrementar vagas. Em termos de instituições e reforçando a ideia que já vem sendo difundida, foram os politécnicos os que mais vagas perderam (Leiria e Portalegre à cabeça se tivermos em conta a variação anual).

 

O número total de vagas volta a cair este ano 2014/2015, dando seguimento àquela que tem vindo a ser a tendência desde 2012. Nos últimos três anos fecharam 2.680 vagas, mas a quebra de inscritos tem sido superior.

 

Fonte:

Jornal de Negócios

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