O cônsul geral de Portugal em Montreal, José Guedes de Sousa, disse hoje à agência Lusa que a arquitetura portuguesa será “reconhecida” no Canadá em diversos eventos que comprovam a sua qualidade.
Hoje é inaugurada em Montreal, Canadá, a exposição O Processo SAAL (Serviço Ambulatório de Apoio Local) dedicada ao processo sobre alojamento, arquitetura e urbanismo, ocorrido em Portugal entre 1974 e 1976, que estará patente até 28 de outubro próximo, no Centro Canadiano de Arquitetura, numa parceria entre aquele centro e o Museu de Arte Contemporânea de Serralves.
“O Processo SAAL é um dos primeiros momentos de vários outros eventos que terão lugar em Montreal. Vamos ter também em outubro uma outra exposição sobre a obra de Siza Vieira, que vai assinalar a chegada do espólio do arquiteto ao Canadá e que simboliza uma cooperação muito importante, entre o Centro Canadiano de Arquitetura, o Museu de Arte Contemporânea Serralves e a Fundação Calouste Gulbenkian, uma das instituições que também vai receber espólio do ‘Pritzker’ português”, começou por afirmar José Guedes de Sousa.
Há oito meses no Canadá, naquele que é o primeiro posto consular que chefia, o diplomata salientou que estes eventos “promovem a arquitetura portuguesa, salientando a sua qualidade na América do Norte, neste caso particular de Montreal e no Canadá”.
“É uma promoção feita por uma instituição de referência que é o Centro de Arquitetura Canadiano, uma instituição com reputação internacional, ou seja, que tem um arquivo mais francófono e anglófono, mas com um arquivo muito vasto de arquitetos com qualidade global. É um reconhecimento da arquitetura portuguesa porque vão ser em vários momentos, em várias exposições”, destacou.
O projeto arquitetónico e político criado poucos meses depois do 25 de abril de 1974, SAAL, terá ainda uma apresentação pública feita pelo seu comissário, Delfim Sardo, na quarta-feira, enquanto quinta-feira será a vez dos arquitetos e professores universitários portugueses Nuno Portas e Nuno Grande proferirem uma palestra sobre o processo SAAL.
Cerca de 30.000 portugueses e lusodescendentes vivem na região de Montreal.
