
Atelier Miguel Melo Arquitetura vence concurso pra requalificar a “nova” Praça da Corujeira que vai valorizar o arvoredo e a ligação ao Matadouro.
Foi dado mais um passo rumo à nova vida da Praça da Corujeira, com a abertura das propostas apresentadas ao concurso de conceção para a requalificação daquele espaço na freguesia de Campanhã. É um “momento importante”, frisou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Considerada pelo júri “muito original e inovadora”, esta proposta destacou-se pelo “grande sentido e coerência global”. Ainda segundo os jurados, o conceito do atelier vimaranense constitui um “excelente contributo para a valorização e atratividade da área de intervenção, potenciadora de um novo polo atrativo da cidade do Porto – a Praça da Corujeira”.
Para além de um prémio de 15 mil euros, o primeiro lugar neste concurso de conceção tornará o atelier Miguel Melo Arquitetura responsável pela conceção e desenvolvimento do projeto de requalificação do espaço público da Praça da Corujeira e sua envolvente.
“É um marco importante para a freguesia de Campanhã e para a cidade do Porto. O objetivo é reforçar a centralidade desta praça para Campanhã, valorizar a mobilidade, particularmente dos modos suaves, e reforçar o acesso à cidade do Porto a partir da zona oriental”, sublinhou o vereador com os pelouros do Urbanismo e do Espaço Público e Património, Pedro Baganha.
O concurso ficou marcado pelas circunstâncias, acrescentou o vereador: “O procedimento apanhou em cheio com o período pandémico. O prazo de entrega de propostas terminou a 15 de junho e o júri deliberou a 29 de setembro”.
Tomada a decisão, abre-se o caminho para valorizar o “potencial pouco aproveitado” da Praça da Corujeira, concluiu Pedro Baganha, salientando a envergadura da intervenção “absolutamente fundamental” que ali vai ter lugar: “A área total de intervenção ascende a 49.450 metros quadrados, com um investimento estimado de 4,4 milhões de euros”.
“Principal característica desta praça é o seu arvoredo”
Há ainda pormenores originais na proposta do atelier vimaranense, com João Sá Couto a destacar dois: “Propomos um bar, que não está à cota da rua, encontra-se elevado, o que permite que os percursos fluam, e que possa passar-se por baixo. E, porque uma das premissas do concurso era criar espaços desportivos, também propomos um percurso ao nível da copa das árvores, que permite usufruir do maciço arbóreo que aqui existe, destes plátanos que são centenários. Ao invés de criarmos um campo de futebol, porque já há muitos, procurámos criar uma coisa diferente, que permitisse usufruir desta praça”, descreveu.
© Porto.
Imagens © Miguel Nogueira