
Os cursos de engenharia e arquitectura portugueses vão ser reconhecidos pelo Estado brasileiro.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota assinaram esta segunda-feira, dia 10 de Junho, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, acordos na área da educação e ensino superior de que se destaca o reconhecimento e certificação dos cursos de arquitetura e engenharia.
“Nós tínhamos um problema, engenheiros portugueses muito qualificados que não conseguiam exercer a sua profissão no Brasil. Qual era a razão? O reconhecimento do seu título académico. Em vez de nos pormos com microfones a protestar uns contra os outros, arregaçámos as mangas e pusemo-nos a trabalhar”, disse Paulo Portas que referiu que queria assinalar “este 10 de Junho com resultados práticos, no quadro da visita da Presidente Dilma Rousseff a Portugal”.
“Abre-se um caminho institucional, orgânico, com regras para que haja um sistema mais fácil de títulos académicos onde existia um problema com engenharia e com arquitectura, embora por caminhos diferenciados”, acrescentou Paulo Portas que exortou as ordens profissionais dos respectivos sectores a continuarem o trabalho diplomático que foi desenvolvido “com pragmatismo”, afirmou, entre os dois países.
Diploma reconhecido, mas com regras
“O acordo entre as universidades e o passo que nós damos aqui é muito importante e espero que o mesmo sentido construtivo venha a existir entre as ordens profissionais dos dois países”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
“O título académico está reconhecido, com regras. Não há razão para que os títulos não sejam reconhecidos e a possibilidade de exercício profissional não seja reconhecida”, sublinhou Portas.
Na assinatura dos acordos entre os dois países estiveram presentes o ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato e o homólogo brasileiro, Aloizio Mercadante assim como reitores das universidades de Portugal e do Brasil.