CTT emitem Colecção «Grandes Prémios da Arquitectura Portuguesa 2014»

Categorias: Arquitetura

Os CTT – Correios de Portugal lançaram a série “Grandes Prêmios da Arquitetura Portuguesa 2014”, com três selos.

 

Com valor facial “I20g” (atualmente € 0,80), foram impressos em folhas de 20 unidades, tiragem total de 115.000 de cada.

 

Atelier-Museu Júlio Pomar

Este é um projecto de recuperação de um armazém no Bairro Alto, em Lisboa, frente à casa de Júlio Pomar. Um grande espaço numa rua estreita. A intervenção consiste na recuperação, consolidação e renovação do edifício, de acordo com as áreas do programa necessárias (recepção, arquivos, escritórios, instalações sanitárias e zona de exposição).

A construção acrescentada inclui um volume exterior de comunicação vertical (ascensor e escadas), de acesso a uma galeria superior para ampliação da área expositiva.

Foi possível manter e restaurar os elementos estruturais (muros em pedra e asnas em madeira) e dotar o edifício de instalações de tratamento de ar.

 

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira nasceu em Matosinhos em 1933.

Estudou Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955, sendo a sua primeira obra construída em 1954.

Foi professor na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, cidade onde exerce a sua profissão.

Em 1988 recebeu a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, o prémio Prince of Wales da Harvard University e o Prémio Europeu de Arquitectura da Comissão das Comunidades Europeias/Fundação Mies van der Rohe. Em 1992 foi distinguido com o prémio Pritzker da Fundação Hyatt de Chicago pelo conjunto da sua obra, e em 1995 com a Medalha de Ouro atribuída pela Nara World Architecture Exposition. Em 1996 recebeu o Prémio Secil de Arquitectura, e em 1998 o Praemium Imperiale pela Japan Art Association, Tóquio. Em 2001 foi premiado pela Wolf Foundation, Israel. Em 2002 recebeu o Leão de Ouro pelo melhor projecto na Bienal de Veneza. Foi galardoado com a Medalha de Ouro Real 2009 pela Royal Institute of British Architects de Londres e, no ano seguinte, com a distinção de Comendador da Ordem das Artes e Letras de Paris e com o prémio Fundación Cristóbal Gabarrón – Artes 2010. Em 2011 recebe a Medalha de Ouro da UIA, em Tóquio.

É membro, sócio e professor honorário de várias instituições das quais se destacam: American Academy of Arts and Sciences; RIBA/Royal Institute of British Architects; BDA/ Bund Deutscher Architekten; AIA/American Institute of Architects; Académie d’Architecture de França; Royal Swedish Academy of Fine Arts; IAA/International Academy of Architecture; Ordem dos Arquitectos Portugueses; American Academy of Arts and Letters; Southeast University China e China Academy of Art.

 

Museu Paula Rego

Tive a sorte de poder escolher o terreno, o que aumentou a minha responsabilidade depois da pintora Paula Rego me ter escolhido como projectista. O terreno era um bosque murado com um vazio no meio, uns antigos courts de ténis de um clube, que tinham desaparecido com a «Revolução dos Cravos». Com o levantamento das árvores, e sobretudo das copas, desenvolvi um conjunto de volumes com alturas diferentes, para responder à pluralidade do programa. A disposição das caixas funciona como um positivo mineral, do negativo que sobra do perímetro das copas.

Este jogo de Yang e de Yin entre artefacto e natureza, contribuiu para decidir o material exterior, betão vermelho, cor oposta ao verde do bosque, que entretanto foi diminuído por profilaxia botânica. Para que o edifício não fosse um somatório neutro de caixas, estabeleci uma hierarquia, introduzindo duas grandes pirâmides (lanternins) no eixo da entrada, que são a livraria e o café, onde não nos foi indiferente a cozinha de Alcobaça, algumas casas do arquitecto Raul Lino, e as gravuras do Boullé. Foi nossa preocupação que cada sala de exposições tivesse sempre uma abertura para o exterior, para o jardim.

É que nunca é demais contrapor a realidade abstracta e totalmente artificial da arte contemporânea com a realidade quotidiana e dura que nos rodeia.

 

Eduardo Souto de Moura nasce no Porto a 25 de Julho de 1952.

Licenciou-se em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1980.

Colabora com o arquitecto Noé Dinis (1974), com o arquitecto Álvaro Siza (1975 a 1979) e com o arquitecto Fernandes de

Sá (1979 a 1980).

De 1981 a 1991 trabalhou como professor assistente do curso de Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP).

Iniciou a actividade como profissional liberal em 1980.

É professor convidado em Paris-Belleville, Harvard, Dublin, Zurich e Lausanne.

Recebeu vários prémios e tem participado em diversos seminários e conferências em Portugal e no estrangeiro.

Em 2011 recebeu o prémio Pritzker e em 2013 o prémio Wolf.

 

Corredor verde de Lisboa

O «Corredor Verde de Lisboa» é uma estrutura contínua que percorre a malha da cidade de Lisboa. Vocacionado para o recreio, tem uma base ecológica e cultural e concretiza uma das propostas do «Plano Verde de Lisboa».

Concebido nos anos 60 e executado em fases diversas desde os anos 90 pela Câmara Municipal de Lisboa, tem início na Praça dos Restauradores, Avenida da Liberdade, Parque Eduardo VII, Jardim Amália/Alto do Parque e Palácio da Justiça. Desce a encosta de Campolide/Universidade Nova, atravessa a Avenida Calouste Gulbenkian em viaduto, percorre os Jardins de Campolide e a Quinta José Pinto até entrar em Monsanto.

 

Gonçalo Ribeiro Telles nasceu em Lisboa a 25 de Maio de 1922.

É arquitecto paisagista e engenheiro agrónomo, e doutor honoris causa pela Universidade de Évora desde 1994, onde é professor catedrático jubilado. Foi subsecretário, secretário de estado e ministro em pastas ligadas ao ambiente. Da sua passagem pelo Governo e pela Assembleia da República destaca-se a promulgação de legislação fundamental sobre Ordenamento do Território e o Ambiente.

Como vereador da Câmara Municipal de Lisboa, apresentou, entre outras, as propostas de criação do Parque Periférico e do Corredor Verde de ligação do Parque Eduardo VII ao Parque Florestal de Monsanto.

É autor de diversos planos de ordenamento do território e da paisagem e de inúmeros projectos de espaços verdes públicos e privados.

Em 2013 a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas, que representa a arquitectura paisagista a nível mundial, atribuiu o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award a Gonçalo Ribeiro Telles. Este prémio representa a maior honra que esta Federação pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão.

 

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