Divulgados os espaços para visitar na 4ª edição do Open House Porto 2018

Categorias: Arquitetura

Divulgar a arquitetura e dar a conhecer 65 espaços habitualmente interditos ao público são os objetivos da iniciativa Open House Porto, que já caminha para a 4ª edição. A edição deste ano decorre nos dias 30 de junho e 1 de julho e tem como foco a utilização industrial destas estruturas.

Nuno Sampaio, diretor executivo da Casa da Arquitetura, procedeu à abertura da apresentação da edição deste ano realçando que o Open House Porto é o único no mundo a acontecer em três cidades diferentes. Este Open House é de consolidação, reforçou, congratulando-se por esta ser a primeira edição do Open House com a Casa da Arquitectura construída, graças às obras de reconversão e requalificação levadas a cabo pela Câmara Municipal de Matosinhos, que resgatou da ruína o edifício da Real Vinícola, onde se situa hoje a Casa da Arquitectura.

Nuno Sampaio reforçou ainda a continuidade da aposta num evento de excelência, assumindo a expetativa de superar as 25 mil pessoas da edição anterior.

A sessão contou também com a presença de representantes dos municípios envolvidos, Fernando Rocha, Vereador da Cultura da Câmara de Matosinhos; Valentim Miranda, Vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e Guilherme Blanc, assessor do Presidente da Câmara Municipal de Porto. Na sessão esteve ainda presente Helena Vaz, Administradora da MatosinhoSport.

Recorde-se que o Open House surgiu há mais de 25 anos, em Londres, com o objetivo de promover a arquitetura e o património edificado, através de visitas livres ou guiadas gratuitas a locais como casas particulares, igrejas, pontes, túneis, escolas, quartéis, palácios, bairros, museus, mercados, cemitérios, hospitais, entre outros.

Na apresentação os curadores da iniciativa, os arquitetos Inês Moreira e João Paulo Rapagão, tiveram a oportunidade de falar sobre o roteiro que selecionaram para este Open House 2018, uma escolha de 65 espaços, mais cinco do que na edição de 2017.

Inês Moreira e João Paulo Rapagão salientaram a importância desta experiência para os habitantes, para que possam entender melhor o que é uma cidade bem planeada e bem desenhada. A cidade é um bem comum, coletivo, em que a cidadania ganha um valor acrescido. O Open House promove a cidadania e a participação e capacidade crítica dos cidadãos, reforçaram.

Os curadores falaram ainda do tema base desta edição que procura desmistificar e desmontar tabus sobre a industrialização e desindustrialização presentes nas três cidades. Os 65 espaços foram selecionados com base em critérios de higiene, segurança e diversidade espacial e são prova da sua validade e de diversas viabilidades arquitetónicas, atuais e futuras.

O Open House Porto 2018 terá duas grandes áreas, um programa de visitas e um programa de atividades associado às visitas. Este ano, o Open House apresenta ainda dois programas especiais. O Programa Caleidoscópico, organizado pela Casa da Arquitectura, destinado a crianças e famílias e que apresenta atividades gratuitas em alguns locais do roteiro, nomeadamente dança, desenho e artes plásticas. Uma das novidades é o Roteiro para a Inclusão, criado para que todos, cegos, surdos e pessoas com mobilidade reduzida, possam usufruir deste evento.

Destaque ainda para o Programa Plus, que apresenta um conjunto de atividades gratuitas que são promovidas por entidades exteriores, como música ou instalações, de que é exemplo a Sunset party, uma festa que decorrerá no Terminal de Cruzeiros.

Em Matosinhos, são 14 os locais com portas abertas que poderá visitar no fim de semana de 30 de junho e 1 de julho. Além da Casa da Arquitectura na Real Vinícola, o roteiro em Matosinhos inclui a Casa de Chá da Boa Nova, o Farol de Leça da Palmeira, a Piscina das Marés, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, os Silos de Leixões, as Quatro Casas, a Câmara Municipal de Matosinhos, a Fábrica de Conservas Pinhais, o CEIIA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, a Germen – Fábrica de Moagem, os PMO e PCC Metro do Porto, a Sede do Kuantokusta e a Super Bock Casa da Cerveja.

No Porto e em Vila Nova de Gaia, destaque para locais como o Centro Hospitalar Conde Ferreira, o Museu Militar do Porto, a Casa de Serralves, o Cemitério de Agramonte, o Museu Nacional Soares do Reis, o Atelier des Createurs, o Palácio do Bolhão, o Pestana Palácio do Freixo, o Mosteiro da Serra do Pilar, a Ponte S. João, as Caves Cockburn’s, a Torre Altice, as Câmaras Municipais do Porto e Vila Nova de Gaia, entre outros espaços emblemáticos destas cidades.

Este ano, uma equipa de 270 voluntários prestará apoio nos 65 locais e mais de 100 especialistas e autores de projeto conduzirão as visitas.

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