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O Governo da República de Cabo Verde, através do Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território (MAHOT), confiou à construtora Gabriel Couto o projeto «Casa para Todos-Praia 10», situado em Palmarejo Grande, cidade da Praia, ilha de Santiago, empreitada que foi agora concluída com êxito.
Com o objetivo de suprir o défice habitacional o Governo de Cabo Verde negociou uma linha de crédito junto do Governo Português para garantir a concretização deste
projeto, cujo valor total ronda os 14 milhões de euros.
O «Casa para Todos» consiste na construção de 126 fogos de tipologia T2 e 264 fogos de tipologia T3, num total de 390 habitações, divididas pelas classes B e C, destinadas a famílias de rendimentos mais elevados. As habitações de classe C representam cerca de 70 por cento do empreendimento (275 fogos), enquanto a
classe B é composta por 115 habitações (30%) deste complexo habitacional. É de referir ainda que as habitações da classe C apresentam parâmetros qualitativos
superiores em relação à classe B, como instalação de estores, móveis de cozinha, equipamento para aquecimento de água e pré-instalação de ar condicionado.
A construção de 24 espaços comerciais, zonas de lazer e de estacionamento para os moradores, salas de condomínio, arranjos exteriores com parques infantis, uma
praça miradouro com estacionamento de apoio, entre outras infraestruturas, completam esta obra cabo-verdiana da responsabilidade da construtora portuguesa Gabriel Couto.
Dado tratar-se de um arquipélago, grande parte das matérias-primas para materializar a obra são importadas, o que implicou cuidados redobrados para otimizar a
logística, assentes numa preparação e planeamento rigorosos e numa interação diária com o departamento de logística e transportes da Gabriel Couto sediada
em V.N. de Famalicão. De resto, devido ao processo burocrático a que são sujeitas as operações de importação, os diversos materiais têm um percurso de quase um mês entre a saída de Portugal e a chegada à obra em Cabo Verde.
Mais um desafio para empresa. Por isso toda a estrutura técnico-administrativa, já familiarizada com Cabo Verde, está já a planear a participação em outros concursos, públicos ou privados, que venham a surgir neste País africano, procurando assim reforçar, ainda mais, a sua carteira de obras além-fronteiras.