Inauguração do Pavilhão de Portugal na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – "La Biennale di Venezia"

Categorias: Arquitetura

A inauguração oficial do pavilhão de Portugal acontece no hoje pelas 17h00, no Palazzo Giustinian Lolin e contará com a presença do Senhor Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, Senhora Diretora-Geral das Artes, Sílvia Belo Câmara, os Curadores e os Artistas do Projeto.

Public Without Rhetoric representa oficialmente Portugal na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, de 26 de maio a 25 de novembro de 2018, no Palazzo Giustinian Lolin.

O Projeto, dos curadores Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah, propõe um percurso pelo “Edifício Público” de autoria portuguesa, através de 12 obras criadas num momento em que a Europa Ocidental se confronta com os seus limites e possibilidades e a arquitetura acentua o seu inconformismo, reforçando o papel na intervenção política e social.

A exposição apresenta os projetos de arquitetura através de desenhos, maquetes e fotografias. Paralelamente, mostra as mesmas obras, habitadas, através de um conjunto de filmes encomendados a artistas portugueses.

As obras escolhidas pela dupla de curadores demonstram a diversidade de programas e escalas que os arquitetos portugueses trabalham, enfatizando a sua cultura universal e a sua excelência transgeracional, representada por profissionais nascidos entre os anos 30 e os anos 80.

Agrupando-se de modo a criar relações formais e espaciais, as obras serão expostas sem uma ordem cronológica ou geracional, escapando a qualquer leitura de uma possível hierarquia. Pretende-se, em alternativa, formar um todo compacto, que demonstra a coerência e racionalidade da arquitetura portuguesa, sem se perder a idiossincrasia de cada autor que é garantida pelo carisma de cada obra.

No átrio do Palazzo Giustinian Lolin, serão apresentados os vídeos elaborados pelos quatro artistas contemporâneos portugueses em torno do estado atual das obras, designadamente os modos e as dinâmicas de apropriação e vivência das pessoas que, de forma mais frequente ou esporádica, realizam a missão pública dessas mesmas obras.

Propõe-se, assim, que o primeiro impacto com a exposição seja um momento de maior subjetividade e vibração, para que num segundo momento, já nas salas, se faça uma análise mais objetiva e arquitetónica de cada obra, através de elementos convencionais e correntes da sua representação.

A Representação Oficial Portuguesa é, este ano, a afirmação da Arquitetura enquanto forma de celebração da experiência do espaço público e destaca a importância primordial do arquiteto na construção das vivências nas sociedades contemporâneas. A criação de relações, dinâmicas e de fluxos intrínsecos à experimentação da obra em território público propõe novas dialéticas para os edifícios, as comunidades e os lugares onde se inscrevem.

Public Without Rhetoric é, assim, a base formal para uma reflexão sobre arquitetura em espaço público, que parte dos 12 projetos criados nos últimos dez anos por distintas gerações de arquitetos portugueses.

A Exposição ficará instalada no Palazzo Giustinian Lolin, junto da Ponte da Academia e frente ao Grande Canal em Veneza, onde está sedeada a Fundação Ugo e Olga Levi, dedicada ao ensino da música. O Palácio remonta ao século XVII e é considerado uma das primeiras obras do arquiteto Baldassare Longhena (1598-1682). O complexo é composto por dois edifícios, unidos por duas mangas que cercam um belo pátio com um poço.

Lista das obras representadas

1 – Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande  João Mendes Ribeiro e Menos é Mais (Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos)
2 – Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo – Inês Lobo

3 – Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, Tours – Aires Mateus e Associados (Manuel Mateus e Francisco Mateus)
4 – Centro de Visitantes da Gruta das Torres, Pico – SAMI (Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira)
5 – Estação de Metro Município, Nápoles – Álvaro Siza, Eduardo Souto Moura e Tiago Figueiredo
6 – Hangar Centro Náutico, Montemor-o-Velho – Miguel Figueira
7 – I3S – Instituto de Inovação e Investigação em Saúde, Porto – Serôdio Furtado Associados (Isabel Furtado e João Pedro Serôdio)

8 – Molhes do Douro – Carlos Prata

9 – Parque Urbano de Albarquel, Setúbal – Ricardo Bak Gordon

10 – Pavilhões Expositivos Temporários, “Incerteza Viva: Uma exposi- ção a partir da 32a Bienal de São Paulo”, Parque de Serralves, Porto – depA (Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral), Diogo Aguiar Studio, FAHR 021.3 (Filipa Fróis Almeida e Hugo Reis), Fala Atelier (Ana Luísa Soares, Filipe Magalhães e Ahmed Belkhodja) e Ottotto (Teresa Otto)

11 – Teatro Thalia, Lisboa – Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitectos (Diogo Seixas Lopes e Patrícia Barbas)

12 – Terminal de Cruzeiros de Lisboa – João Luís Carrilho da Graça 
Artistas convidados a desenvolver filmes sobre as obras selecionadas:
André Cepeda Catarina Mourão Nuno Cera Salomé Lamas

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