
No passado sábado, 19 de Maio pelas 17h00, realizou-se o anúncio do vencedor e a cerimónia de entrega de prémios Archiprix Portugal 2018 na Casa da Arquitectura, em Matosinhos.
A 6ª edição deste Prémio Nacional de Arquitectura teve por júri Arq. Alejandro Hermida, Arq. Domingos Lopes, Arq. Mário Sua Kay, Arq.a Marta Labastida, Arq. Miguel Amado, Arq.a Paula Santos e Arq. Pedro Frade.
O vencedor foi o jovem arquitecto setubalense João Oliveira, 24 anos, da Lanchoa, junto à Terroa, ganhou, no sábado, o Prémio Archiprix Portugal que distingue anualmente os melhores trabalhos de fim de curso de mestrado apresentados nas áreas de Arquitectura, Urbanismo e Arquitectura Paisagista.
No trabalho que apresentou, ‘Exercícios de dualismo urbano em Maputo’, João Oliveira estuda a dualidade urbana no contexto tropical, com base na capital de Moçambique.
“Tento actuar sobre uma área improvisada, a mais antiga da cidade e que hoje permanece anacrónica, em confronto directo com outro traçado urbano muito racional e octogonal”, explicou o premiado.
O jovem arquitecto acabou faculdade no ano passado, foi depois voluntário na Oficina do Convento, em Montemor o Novo e entretanto começou a trabalhar estúdio de Diogo Aguiar, no Porto, um dos mais promissores do país, com vários prémios ganhos e convidado este ano a expor na Bienal de Veneza o pavilhão que fez para a Fundação de Serralves.
Quanto à arquitectura de Setúbal, quanto questionado sobre que ideia principal lhe ocorre, responde que “é uma questão muito complexa”, porque a cidade é feita da conjugação da população migratória, do Alentejo, com a forte ligação ao mar.
“A nossa mais valia [arquitéctonica] não é tanto a cidade, mas sobretudo a paisagem. Todo o território é muito interessante e tem muito potencial, porque temos uma geografia única e uma componente industrial muito grande o que dá um conflito muito interessante para trabalhar.”, considera João Oliveira.
O Archiprix é um prémio de temática livre, puramente institucional e académico que dá visibilidade à diversidade e qualidade académica da mais jovem geração de arquitetos. O Archiprix destaca um colectivo de projectos que espelha os desafios e aspirações de cada concorrente, orientador e instituição de ensino do território nacional.
Este trabalho de João Oliveira agora premiado foi selecionado também para o Prémio YTAA (Young Talent Architecture Awards), que tem o mesmo âmbito que o da ARCHIPRIX mas a nível europeu, e vai ser por isso exposto no Palazzo Mora por ocasião da La Biennale de Venezia, já a partir desta quinta-feira, 24 de Maio.