O Conselho de Administração da Fundação de Serralves nomeou João Ribas para o cargo de Diretor do Museu de Serralves.
João Ribas foi escolhido num concurso internacional muito concorrido, lançado pela Fundação de Serralves no final de 2017, no qual participaram candidatos oriundos de todo o mundo.
O Conselho de Administração da Fundação de Serralves considera que o novo Diretor tem um excelente percurso internacional acompanhado por um sólido conhecimento de Serralves e do seu contexto. Conhece aprofundadamente a arte portuguesa na sua articulação com a produção e movimentos artísticos internacionais e tem uma notável capacidade reflexiva sobre o fenómeno artístico no contexto do pensamento crítico contemporâneo. A sua visão programática para o Museu é muito estruturada, estimulante e refrescante, atributos considerados essenciais para liderar o novo ciclo que se aproxima com a comemoração dos 20 anos do Museu de Serralves.
João Ribas nasceu em Braga em 1979 e viveu nos Estados Unidos durante 26 anos. Em 2014 regressou a Portugal para assumir o cargo de Diretor-adjunto do Museu de Serralves, contando já então com uma distinguida carreira internacional. Nos Estados Unidos foi o curador do MIT List Visual Arts Center, em Cambridge, entre 2009 e 2013, e do The Drawing Center, Nova Iorque, entre 2007 e 2009. Em ambas as instituições organizou várias exposições de importantes figuras da arte contemporânea. Durante quatro anos consecutivos, de 2008 a 2011, recebeu o prémio da AICA USA (Associação Internacional de Críticos de Arte) para a melhor exposição e em 2010 foi distinguido com o relevante Emily Hall Tremaine Exhibition Award. Estas distinções sublinham a originalidade do trabalho curatorial de João Ribas e o seu profundo e permanente compromisso com os artistas e o pensamento.
O novo diretor do Museu de Serralves lecionou na Yale University School of Art, na Rhode Island School of Design e na School of Visual Arts, em Nova Iorque, para além de ter mantido uma intensa atividade como crítico de arte. Publicou também vários artigos e ensaios em diversas publicações sobre arte contemporânea e em importantes revistas da área como Artforum, Mousse, Afterall, The Exhibitionist, Spike, Artnews, e Art in America. A sua publicação “In the Holocene” (Sternberg, 2014) centra-se na noção de arte como uma ciência especulativa e acompanhou a grande exposição dedicada à relação entre arte e ciência na arte contemporânea, apresentada no MIT em 2013. Em 2017 foi curador da 4ª edição da Bienal dos Urais.
Nos últimos quatro anos em Serralves prestou um importante contributo para a direção e a programação artística do Museu e comissariou várias exposições coletivas e monográficas de relevo, entre elas Sob as Nuvens: Da Paranoia ao Sublime Digital, em 2015 e Incerteza Viva: Uma Exposição a Partir da 32ª Bienal de São Paulo, em 2017, bem como as retrospetivas de Helena Almeida, Michael Krebber e Gordon Matta-Clark.
Exposições nos Estados Unidos da América:
Chris Marker, Frances Stark, Nairy Baghramian, Frederick Kiesler, Amália Pica, Joachim Koester, Akram Zaatari, Gabriel Abrantes, Matt Mullican, Alan Saret, Stan Vanderbeek, Otto Piene, Emily Wardill, Rirkrit Tiravanija e Ree Morton, entre outros.
Exposições em Serralves:
Sob as Nuvens: Da Paranoia ao Sublime Digital, Incerteza Viva: Uma Exposição a Partir da 32ª Bienal de São Paulo, Helena Almeida, Michael Krebber, Gordon Matta-Clark, Otolith Group, Salomé Lamas, Rachel Rose, Nick Mauss, Harry Smith, Silvestre Pestana, e várias exposições da Coleção de arte Contemporânea de Serralves, como Pode o Museu ser um Jardim?, O Olhar do Artista: Obras da Coleção de Serralves e Coleção de Serralves: 1960-1980.