O Mestrado Integrado em Arquitetura (MIA) da Universidade da Beira Interior (UBI) recebeu acreditação máxima pela entidade que verifica a qualidade dos cursos superiores nacionais. A A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior concluiu que esta formação, que integra a Faculdade de Engenharia, está validada para os próximos seis anos, o período mais longo permitido pela legislação. Esta decisão resulta da qualidade dos docentes, estruturas afetas à formação e elevada procura dos alunos.
A acreditação “representa, ao mais alto nível, um reconhecimento externo do esforço de melhoria gradual e coerente do ciclo de estudos, empreendido ao longo dos anos por todos os agentes envolvidos no processo”, salienta João Paulo Delgado. O diretor do curso destaca ainda que “é especialmente importante num momento em que a Arquitetura da UBI se consolida, não só através da recente creditação do 3.º Ciclo/Doutoramento, como também através da criação de um núcleo de investigação, o polo CIAUD/UBI”.
Entre os aspetos mais salientados pelo relatório da Comissão de Avaliação Externa (CAE) destacam-se a adequação do Mestrado Integrado à Diretiva Europeia 2005/36/CE, circunstância que permite a inserção plena dos graduados no mercado de trabalho internacional. Também relevante para a CAE foi a elevada procura do ciclo de estudos, a qual se tem mantido consistente ao longo dos últimos cinco anos, com um valor médio de candidaturas que é, aproximadamente, três vezes superior ao número de admissões. Foi ainda valorizada a diversidade da proveniência dos estudantes, com uma percentagem significativa (cerca de 25%) de origem em países estrangeiros, e destacou o esforço que o curso empreendeu no sentido de promover o trabalho dos estudantes e de os envolver em atividades externas, o que fica bem patente na continuada presença em prémios, júris e atividades de desenvolvimento regional e de natureza cultural. Quanto ao corpo docente, a CAE não ficou indiferente ao evidente esforço que a UBI tem desenvolvido para o reforço e a diversificação do mesmo, na área especializada da Arquitetura.
A CAE destacou ainda a qualidade das instalações, nomeadamente a disponibilização quase generalizada de uma sala de projeto por cada turma, bem como do acesso à biblioteca ao longo das 24 horas do dia.
O curso de MIA da UBI tem a marca do ensino de proximidade da academia, distinguindo-se a nível nacional, “por proporcionar um acompanhamento muito direto do trabalho dos estudantes, garantido pela existência de grupos de trabalho relativamente reduzidos”, de acordo com João Paulo Delgado. “Além desta especificidade, que eventualmente diferenciará o CE de outros similares, também se destaca a proximidade dos diversos polos da UBI, a qual permite que os estudantes estabeleçam contacto direto com diversos aspetos de outros cursos complementares, tanto nas áreas tecnológicas como nas áreas de índole artística e/ou cultural”, acrescenta o responsável do MIA, lembrando ainda a vantagem da própria cidade onde funciona a UBI: “O mesmo grau de familiaridade se aplica à própria Covilhã, cidade universitária com uma localização privilegiada no centro do país, numa região única e com múltiplos pontos de interesse natural, cultural e patrimonial”.
Os diplomados pela UBI têm um amplo leque de saídas profissionais, que vão desde os tradicionais ateliês e empresas de arquitetura e construção, à elaboração de estudos, projetos, planos e atividades de consultadoria, ou gestão e direção de obras, planificação, coordenação e avaliação de projetos. Podem dedicar-se aos setores da construção, conservação do património arquitetónico, instituições europeias no domínio da Investigação, turismo, ensino e investigação ou autarquias Locais, entre outros.