Património quer Quatro Casas de Siza Vieira como Monumento de Interesse

Categorias: Arquitetura

A Direção-Geral do Património Cultural determinou a abertura do procedimento de classificação da edificação “Quatro Casas”, do arquiteto Álvaro Siza Vieira, em Matosinhos, como Monumento de Interesse Municipal.

O anúncio foi publicado em Diário da República e os elementos relevantes do processo, nomeadamente fundamentação, despacho, planta das Quatro Casas de Álvaro Siza estão disponíveis na página da DGPC, nas da Direção Regional de Cultura do Norte e da Câmara Municipal de Matosinhos.

O projeto “Quatro Casas em Matosinhos” foi a primeira obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira, tendo sido construído entre os anos de 1956 e 1957, na Av. D. Afonso Henriques, quando o arquiteto ainda era estudante na Escola Superior de Belas Artes, no Porto.

O trabalho de projeto iniciou-se em 1954 e os pedidos de licenciamento respetivos apresentados junto da Câmara Municipal em 1955.

Na altura, a obra abriu lugar à polémica devido à sua audácia e características inovadoras para a época. Atualmente, esta edificação — que envolve duas habitações unifamiliares e duas geminadas – é privada e visitável apenas pelo exterior.
Álvaro Siza Vieira nasceu em Matosinhos em 1933 e estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955.

No concelho de Matosinhos, o arquiteto assina ainda a Piscina da Quinta da Conceição (1958-1965), a Piscina das Marés (1961-1966), a Casa de Chá da Boa Nova (1958-1965) e a Marginal de Leça da Palmeira (2006).

Da lista de distinções, destaca-se o Prémio de Arquitetura da Associação Internacional de Críticos de Arte (1982), o Prémio de Arquitetura da Associação dos Arquitetos Portugueses (1987), a Medalha de Ouro de Arquitetura do Conselho Superior dos Colégios de Arquitetos de Espanha (1988), o Prémio Mies van der Rohe (1988) e Prémio Pritzker, da Fundação Hyatt, pelo projeto de renovação na zona do Chiado, em Lisboa (1992).

Em 2019, o arquiteto recebeu o Grande Prémio de Arquitetura da Academia de Belas Artes Francesa, pela a obra “magistral” e o “percurso humanista”, sendo ainda distinguido com o Prémio Nacional de Arquitetura 2019 espanhol.

© Câmara Municipal de Matosinhos

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