
A Direção-Geral das Artes apresentou o projeto que representará Portugal na 14ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza. A participação nacional vai dispor de 100 mil euros para desenvolver “Homeland | less Housing more Home”, um projeto no qual será abordado o tema da habitação enquanto elemento essencial e primário da construção urbana e territorial, reflexo social e cultural de quem a habita.
“Assumimos que a nossa visibilidade nesta edição da Bienal de Veneza não passará por uma presença no formato tradicional de um país/um pavilhão. Estamos a analisar, inclusive com a própria organização da bienal, diversas opções que se coadunem com este novo conceito. De resto, basta dar o exemplo da última bienal de artes plásticas, que comprova como a ausência de espaço não é obstáculo ao êxito da nossa presença”, assegura Samuel Rego. Mas mais pavilhões flutuantes não haverá.
A curadoria será de Pedro Campos Costa, que trabalhará o tema com a associação Trienal de Lisboa. “Espera-se que esta oportunidade seja utilizada para a reivindicação de novos campos de ação e de intervenção efetiva para os arquitetos face ao bloqueio presente em que o exercício da arquitetura se encontra”, diz o comissário.
“O desafio da participação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2014 será apresentar uma reflexão que envolva um reconhecimento alargado ao país e em duas dimensões distintas: um mapeamento da diversidade tipológica habitacional no território português e uma reflexão crítica mas também prospetiva sobre seis temáticas tipológicas – temporária, informal, unifamiliar, coletiva, rural e reabilitação”, explica ainda Pedro Campos Costa.
A próxima Bienal de Arquitectura de Veneza, que decorre de 7 de Junho a 23 de Novembro de 2014 e que é dirigida pelo arquitecto holandês Rem Koolhaas sob o título Fundamentals.