PRÉMIO FNSE 2014 ATRIBUÍDO AO ARQUITETO CARLOS MOURÃO PEREIRA

PRÉMIO FNSE 2014 ATRIBUÍDO AO ARQUITETO CARLOS MOURÃO PEREIRA

 

Foi anunciado em Lisboa a atribuição pela primeira vez do Prémio Fundação Nossa Senhora da Esperança de 2014 ao Doutor Arquiteto Carlos Tomás Mourão Soares da Costa Pereira, pelo seu trabalho na área da arquitetura para invisuais.

 

A decisão foi tomada por um Júri independente constituído para o efeito por aquela Fundação e que integra personalidades como o Professor Doutor Rui Vieira Nery, o Doutor Carlos Ferreira, o Professor Doutor Augusto Deodato Guerreiro, o Professor Doutor Francisco Sepúlveda Teixeira, e o Doutor José Luís Porfírio.

 

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Na sua decisão os jurados tiveram em consideração o “elevado mérito científico” do conjunto dos seus trabalhos inovadores na área da arquitetura para invisuais e como reconhecimento do seu vasto currículo como investigador e docente universitário reconhecido nacional e internacionalmente e que a partir de 2006 se centrou naquela problemática.

 

Foi nomeadamente tida em consideração a tese de doutoramento deste investigador, orientada pela Professora Doutora Teresa Valsassina Heitor, ele próprio invisual, sobre “A dimensão multi-sensorial da Arquitetura – Uma abordagem qualitativa ao espaço balnear marítimo centrada na invisibilidade”. Trata-se, segundo o júri de uma investigação que globalmente contribui de modo original para o aprofundamento do conhecimento sobre a problemática da relação entre o espaço balnear marítimo e o seu uso, quer por utilizadores cegos ou de baixa visão, quer por utilizadores normovisuais”.

 

De acordo com o Conselho de Administração da Fundação, o prémio hoje anunciado no Museu de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico em Lisboa será entregue formalmente em cerimónia marcada para 20 de Julho em Castelo de Vide onde a instituição tem a sua sede e mantém a sua atividade.

 

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Instituído em 2013, o Prémio FNSE será atribuído de 3 em 3 anos e visa distinguir uma individualidade (pessoa singular ou coletiva) que pelo seu pensamento ou ação tenha contribuído para a construção de uma sociedade que valoriza especialmente o respeito pela diferença e diversidade como valor essencial da condição humana, através de obras, trabalhos e carreiras com valor cultural ou cientifico de reconhecido mérito na sociedade.

 

Fundada em 20 de Julho de 1863 em Castelo de Vide, onde mantém a sua sede e atividades, inicialmente com a denominação de Asilo de Cegos de Nossa Senhora da Esperança, a instituição criou e desenvolveu aquele que foi considerado como a primeira escola profissional para cegos em Portugal e ainda hoje – sob a designação de Fundação – mantém a tiflologia como uma das suas valências estatutárias embora tenha alargado a sua atividade a outras respostas sociais de acordo com a evolução das circunstâncias locais e da sociedade.

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