O projeto do “Parque da Boavista” e a “Casa das Gelosias – Uma interpretação do Tradicional” foram os vencedores da primeira edição do Prémio Reabilita Braga, entregue esta noite, nas vertentes de restauro e de nova edificação respetivamente.
O galardão, atribuído este ano pela primeira vez, e que foi anunciado numa cerimónia que está decorrer no Bom Jesus, em Braga, pretende distinguir projetos de qualidade arquitetónica, integração urbanística e paisagística, que representem uma mais-valia para a preservação e valorização do património arquitetónico do concelho de Braga.
Na categoria de edificação o júri atribui prémios no valor de dez mil euros, para a subcategoria reabilitação e restauro, e de cinco mil euros no caso da subcategoria nova edificação, contando a distinção com o apoio da revista ‘Vida Imobiliária’.
“Com este prémio assumimos o desafio de reconhecer publicamente o trabalho de quem contribui para a reabilitação da Cidade”, referiu na cerimónia de entrega, que está a decorrer esta noite na Colunata de Eventos, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, lembrando o “período auspicioso” do ponto de vista da reabilitação urbana que Braga tem vivido.
O projeto “Parque da Boavista” consistiu no processo de reabilitação de um edifício construído nos princípios do século XX, distinguindo as boas práticas de reabilitação urbana seguidas, sobretudo a capacidade de manutenção da identidade da casa, dada a sua grande qualidade de construção e o seu enquadramento histórico, e a adequação da nova ocupação da casa ao espaço pré-existente.
O promotor/dono de obra é Jorge Filipe da Maia Oliveira Ferreira, a arquiteta Maria Teresa Linhares Carrilho da Maia Ferreira e o construtor a empresa AOF – Augusto Oliveira Lda.
Já a “Casa das Gelosias – Uma interpretação do Tradicional” é uma moradia unifamiliar situada na Rua do Burgo, S. Vicente que teve como “ponto de partida” da intervenção uma parcela com uma área de 122 metros quadrados em estado de ruína, existindo apenas a fachada principal e paredes meeiras.
A proposta de reconstrução integrou a fachada preexistente e apropriou-se do espaço deixado disponível. O novo alçado integra um sistema de “gelosias”, herança construtiva da arquitetura vernacular existente em Braga entre os séculos XVII e XVIII.
Os promotores/Donos de Obra são Carlos Campos e Dalila Campos, a arquiteta Marta Campos e o construtor a empresa Norte Magnético-Reabilitação e Investimentos Imobiliários, Lda.
No que se refere à categoria de investigação, o júri do Prémio Reabilita Braga decidiu não atribuir a distinção “de modo a poder, numa futura edição, satisfazer os requisitos regulamentares e a finalidade do concurso, salvaguardando a oportunidade de os concorrentes voltarem a apresentar-se”, explicou a organização.
Nesta será ainda conhecido o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana lançado em 2013 e que tem como objetivo reconhecer, premiar e divulgar a excelência na renovação das cidades Portuguesas, afirmando-se como uma das mais reconhecidas distinções na área da reabilitação do edificado e requalificação dos territórios em Portugal.
Ao longo das suas seis edições, incluindo a de 2018, candidataram-se mais de 350 projetos de reabilitação em Portugal, tendo sido premiadas nas cinco edições anteriores um total de 42 intervenções em Lisboa, Sintra, Oeiras, Cascais, Porto, Matosinhos, Braga, Guimarães, Melgaço, Coimbra, Évora e Carvoeiro.
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