Desenvolvido em parceria pela Câmara Municipal de Matosinhos e pelo CEiiA, Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, o projeto “Living Lab” terá impacto em áreas como a mobilidade, a energia, o ambiente, o urbanismo e a conectividade.
O Ministério do Ambiente acaba de selecionar para financiamento a implementação do projeto “Living Lab” de Matosinhos. “Candeeiros que medem emissões de carbono. Pavimento que reduz a velocidade de circulação sem intervenção do condutor. Um sistema de partilha de bicicletas ligada ao sistema de transportes públicos. Contabilização em tempo real das emissões de CO2 poupadas com a mobilidade inteligente. Uma casa coberta de painéis solares que acompanham o movimento do sol e que armazena energia. Estas são algumas soluções tecnológicas que serão postas em prática” no âmbito do projeto, refere o comunicado da Câmara de Matosinhos.
Desenvolvido em parceria pela Câmara Municipal de Matosinhos e pelo CEiiA, Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, o “Living Lab” pretende criar no centro da cidade de Matosinhos um “bairro inteligente, de baixo carbono, resiliente, acessível, participado e conectado, onde serão testadas, demonstradas e postas em prática, em contexto real, soluções tecnológicas, organizacionais e sociais integradas e orientadas para a descarbonização da cidade”, lê-se na mesma nota. O projeto terá impacto em áreas como a mobilidade, a energia, o ambiente, o urbanismo e a conectividade.
Esta é a segunda fase do programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização, correspondendo à execução do projeto, e será parcialmente financiada pelo Fundo Ambiental, já que Matosinhos ficou em terceiro lugar no concurso promovido pelo Ministério do Ambiente. O financiamento do Estado, no valor de 500 mil euros, prevê um prazo de implementação e validação de soluções de até 1 ano. No entanto, os parceiros do “Living Lab” concordaram em estender este prazo até 3 anos.
De referir que a candidatura envolveu mais 18 parceiros, entre os quais, o Porto de Leixões, a Efacec, o Metro do Porto, a STCP e a Universidade do Porto.
No bairro inteligente de Matosinhos, a criar na área entre a Rua de Goa e a Rua Conde Alto Mearim, será testada tecnologia como o carregador rápido de veículo elétricos desenvolvido pela EFACEC, uma rede de cacifos eletrónicos para bicicletas, soluções de pagamento de estacionamento de suporte ao comércio local, informação em tempo real do tempo de espera dos transportes públicos, iluminação pública gerida por sensores ambientais, um pavimento gerador de energia, um robot aspirador de folhas, um sistema de inteligência artificial aplicada ao controlo e gestão de edifícios ou um sistema de recompensa pela poupança nas emissões de carbono. Prevê-se ainda a eletrificação dos veículos da frota municipal e dos veículos de serviços regulados pelo município, nomeadamente transportes públicos, táxis, veículos de turismo.
De salientar que o “Living Lab” permite a monitorização e avaliação, em tempo real, das emissões de carbono e, portanto, dos impactos da atividade deste laboratório vivo na zona de intervenção e na cidade. Este elemento diferenciador é possível pela parceria com a plataforma de gestão de mobilidade do CEiiA – o mobi.me, um projeto que tem como principais objetivos reduzir as emissões de carbono e a intensidade carbónica das atividades que se desenvolvem na cidade, diminuindo o consumo de energia e promovendo a mobilidade urbana sustentável. As tecnologias testadas no âmbito do Living Lab poderão, depois, ser alargadas ao restante espaço urbano. “Os cidadãos serão envolvidos na criação e experimentação de tecnologias mais limpas e inteligentes, sendo ainda objetivo do projeto promover o empreendedorismo e a criação de negócios associados a soluções de baixo carbono”, refere ainda a autarquia.
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