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A residência da Associação Mansarda, para pessoas ligadas às Artes, será construída num terreno municipal no Restelo, em Lisboa, cujo contrato-promessa de constituição de direito de superfície será assinado na quinta-feira, anunciaram hoje a autarquia e a associação.
Em janeiro do ano passado, foi anunciado que iria surgir em Lisboa um espaço idealizado pela diretora de `casting` Patrícia Vasconcelos e mais 19 fundadores, para residência permanente ou temporária de pessoas que tenham estado ligadas às áreas da língua, arte e cultura portuguesas, sobretudo às artes performativas, de modo a permitir a interação de gerações, a promoção de criação artística e a partilha com outras instituições, segundo os fundadores desta instituição privada de solidariedade social (IPSS).
A Câmara Municipal de Lisboa e a Mansarda anunciaram que “o contrato-promessa de constituição de direito de superfície sobre uma parcela de terreno municipal, localizado no Restelo, à Associação Mansarda”, será assinado na quinta-feira à tarde.
Na ocasião, estarão presentes o presidente da autarquia, Fernando Medina, elementos da direção da Associação Mansarda e o arquiteto responsável pelo projeto da residência, João Luís Carrilho da Graça, também ele sócio da associação.
De acordo com a associação, o esboço do projeto, apresentado no ano passado, “passará agora por um processo de adaptação ao local cedido pela autarquia”.
Criada em 2014, a Mansarda, começou no ano passado a dar os primeiros passos para materializar a residência.
A Mansarda irá integrar um total de 80 quartos, estando 40 reservados para residência permanente e, os restantes, para residência temporária, havendo quartos simples e duplos.
O edifício terá também espaço para uma área de atividades, no qual se destaca um auditório de 100 lugares, que terá programação cultural regular, e cujas receitas irão reverter para a gestão da IPSS.
Está também prevista uma sala de formação, uma sala de reabilitação e uma horta biológica. A Mansarda irá reservar ainda um espaço onde existirá um restaurante, de 40 lugares, aberto ao público, com o intuito de promover uma aproximação da comunidade com as pessoas que habitam a residência.
Pensada para “quando a vida nos troca as voltas”, a Mansarda quer prestar um serviço à comunidade artística que vai além do acolhimento.
A diretora de `casting` Patrícia Vasconcelos pretende que seja “um projeto ativo, capaz de mobilizar diferentes expressões artísticas, potenciando o encontro e a interação entre gerações, e que esteja de portas abertas a outras instituições e visões que contribuam positivamente para a dinamização constante do projeto”.
“A residência será um espaço de criação artística e valorização do talento”, afirmou em janeiro do ano passado, aquando da apresentação do projeto.
O ator Miguel Guilherme, o fadista Camané, o ex-ministro da Cultura José António Pinto Ribeiro, a jornalista Anabela Mota Ribeiro e o escritor Rui Cardoso Martins contam-se entre os sócios fundadores da associação.
© Lusa