Categorias: Arquitetura
O ArchDaily Brasil lançou uma chamada a convidar estudantes do Brasil e de Portugal que terminaram o curso em 2017, a enviarem trabalhos de conclusão de curso para que se selecionassem os mais interessantes. Nesta edição, foram recebidas 276 propostas do Brasil e Portugal.
Entre os 24 selecionados estão três jovens portugueses Diogo Pereira Rodrigues, Afonso Cabral e Ana Patricia dos Santos Sousa com os melhores trabalhos de final de curso sendo Lisboa e Coimbra as cidades representadas nos projetos.
O limite Urbano do Açude de Mértola
Autor: Diogo Pereira Rodrigues
Orientador: João Paulo Providência
Instituição: Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – Coimbra/Portugal
O presente projecto vai trazer um novo enquadramento da vila de Mértola na contemporaneidade. Apesar de a zona de intervenção ser um extensão de equipamentos urbanos recente, carece do devido planeamento urbano, pelo que se torna pouco perceptível a sua relação com a vila intramuros.
Para além do desenho de um parque desportivo que relaciona estes dois pontos, existe ainda a necessidade de utilizar um equipamento público para o remate desta estrutura urbana e que defina os limites da vila de Mértola. Através deste procura-se ainda articular a zona de planalto com o Açude, que, apesar de outrora ter sido bastante utilizado, encontra-se neste momento estagnado no tempo. Como tal, o trabalho trata uma série de percursos que requalificam esta zona urbana e que vão sendo pontuados por pequenos equipamentos, como o Centro de Interpretação Ambiental do Parque do Guadiana integrado com o desenho de um jardim botânico, os percursos pedonais da frente de rio, uma cafetaria na encosta do açude que define o limite percorrível pelo automóvel, as piscinas fluviais e os percursos pedonais do açude.”
Arquitectura e Memória – Proposta de reabilitação das Moagens de Mértola
Autor: Afonso Cabral
Orientador: João Paulo Providência
Instituição: Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – Coimbra/Portugal
Nos anos 30 o Estado Novo empreende uma política de autonomia alimentar. A produção de trigo, organizada como campanha de plantação em “terrenos improdutivos”, altera profundamente a paisagem alentejana de sobro, carvalho, azinheira, organizados em soutos e montes. Para armazenar a produção agrícola foram construídos silos, nomeadamente junto as linhas de caminho de ferro, permitindo o transporte e comercialização através das margens. O território de Mértola, como de outras áreas, foi inserido no programa, tendo sido construídos, quase contemporaneamente, uns celeiros de armazenamento de cereal e uma fábrica de moagem. Essas construções, localizadas na margem esquerda do rio Guadiana, sobrevivem hoje sem qualquer função.
O presente trabalho tem por objectivo pensar uma intervenção arquitectónica para as margens do Rio Guadiana e, mais especificamente, o reuso dos edifícios que incorporaram a campanha que afinal contribuiu para a desertificação da paisagem alentejana, pelo empobrecimento que provocou nestes terrenos.
Arqueologia Operativa na Cordoaria – Da Arte do Passado à Contemporaneidade
Autora: Ana Patricia dos Santos Sousa
Orientador: Prof. Doutor Carlos Lameiro
Instituição: Faculdade de Arquitectura – Universidade de Lisboa – Lisboa/Portugal
A proposta urbana caracteriza-se pela integração do contexto cultural de Belém com a frente ribeirinha. A intervenção baseia-se no conceito de Arqueologia Operativa ao evidenciar camadas ocultas da cidade, e encontra enfoque na Fábrica Nacional da Cordoaria.
A proposta de reabilitação da Cordoaria visa, através de uma “arqueologia operativa”, enaltecer a memória do edifício como antigo cais. Este conceito estende-se ao presentificar a existência do caneiro do Rio Seco, que passa obliquamente por debaixo da Cordoaria.
A estratégia projectual para o Museu de Arqueologia passou pela delimitação de uma malha, como uma escavação arqueológica, e por entender quais as ruínas primordiais; marcar o território para o descobrir. O novo edificado funde-se mas não interfere fisicamente com as pré-existências; a perspectiva é sempre controlada e confere, juntamente com os jogos de luz, uma experiência sensível. Sobre os volumes, que resultaram de “escavações”, pousa um volume linear, o Museu, conceptualmente a cobertura do espaço arqueológico. A marcação muito forte das métricas evoca a essência da Cordoaria.
Exteriormente o edifico é um bloco de carácter etéreo, revestido a lioz, pedra usada nas cantarias da Fábrica, porém o seu interior é em betão aparente , de aspecto rude como se o lugar tivesse sido escavado.
As memórias do lugar e da cidade de Lisboa foram os pressupostos base.
Autor: Diogo Pereira Rodrigues
Orientador: João Paulo Providência
Instituição: Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – Coimbra/Portugal
O presente projecto vai trazer um novo enquadramento da vila de Mértola na contemporaneidade. Apesar de a zona de intervenção ser um extensão de equipamentos urbanos recente, carece do devido planeamento urbano, pelo que se torna pouco perceptível a sua relação com a vila intramuros.
Para além do desenho de um parque desportivo que relaciona estes dois pontos, existe ainda a necessidade de utilizar um equipamento público para o remate desta estrutura urbana e que defina os limites da vila de Mértola. Através deste procura-se ainda articular a zona de planalto com o Açude, que, apesar de outrora ter sido bastante utilizado, encontra-se neste momento estagnado no tempo. Como tal, o trabalho trata uma série de percursos que requalificam esta zona urbana e que vão sendo pontuados por pequenos equipamentos, como o Centro de Interpretação Ambiental do Parque do Guadiana integrado com o desenho de um jardim botânico, os percursos pedonais da frente de rio, uma cafetaria na encosta do açude que define o limite percorrível pelo automóvel, as piscinas fluviais e os percursos pedonais do açude.”
Arquitectura e Memória – Proposta de reabilitação das Moagens de Mértola
Autor: Afonso Cabral
Orientador: João Paulo Providência
Instituição: Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – Coimbra/Portugal
Nos anos 30 o Estado Novo empreende uma política de autonomia alimentar. A produção de trigo, organizada como campanha de plantação em “terrenos improdutivos”, altera profundamente a paisagem alentejana de sobro, carvalho, azinheira, organizados em soutos e montes. Para armazenar a produção agrícola foram construídos silos, nomeadamente junto as linhas de caminho de ferro, permitindo o transporte e comercialização através das margens. O território de Mértola, como de outras áreas, foi inserido no programa, tendo sido construídos, quase contemporaneamente, uns celeiros de armazenamento de cereal e uma fábrica de moagem. Essas construções, localizadas na margem esquerda do rio Guadiana, sobrevivem hoje sem qualquer função.
O presente trabalho tem por objectivo pensar uma intervenção arquitectónica para as margens do Rio Guadiana e, mais especificamente, o reuso dos edifícios que incorporaram a campanha que afinal contribuiu para a desertificação da paisagem alentejana, pelo empobrecimento que provocou nestes terrenos.
Arqueologia Operativa na Cordoaria – Da Arte do Passado à Contemporaneidade
Autora: Ana Patricia dos Santos Sousa
Orientador: Prof. Doutor Carlos Lameiro
Instituição: Faculdade de Arquitectura – Universidade de Lisboa – Lisboa/Portugal
A proposta urbana caracteriza-se pela integração do contexto cultural de Belém com a frente ribeirinha. A intervenção baseia-se no conceito de Arqueologia Operativa ao evidenciar camadas ocultas da cidade, e encontra enfoque na Fábrica Nacional da Cordoaria.
A proposta de reabilitação da Cordoaria visa, através de uma “arqueologia operativa”, enaltecer a memória do edifício como antigo cais. Este conceito estende-se ao presentificar a existência do caneiro do Rio Seco, que passa obliquamente por debaixo da Cordoaria.
A estratégia projectual para o Museu de Arqueologia passou pela delimitação de uma malha, como uma escavação arqueológica, e por entender quais as ruínas primordiais; marcar o território para o descobrir. O novo edificado funde-se mas não interfere fisicamente com as pré-existências; a perspectiva é sempre controlada e confere, juntamente com os jogos de luz, uma experiência sensível. Sobre os volumes, que resultaram de “escavações”, pousa um volume linear, o Museu, conceptualmente a cobertura do espaço arqueológico. A marcação muito forte das métricas evoca a essência da Cordoaria.
Exteriormente o edifico é um bloco de carácter etéreo, revestido a lioz, pedra usada nas cantarias da Fábrica, porém o seu interior é em betão aparente , de aspecto rude como se o lugar tivesse sido escavado.
As memórias do lugar e da cidade de Lisboa foram os pressupostos base.
Parabéns Diogo Pereira Rodrigues, Afonso Cabral e Ana Patricia dos Santos Sousa.
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