Este projeto Águas Livres 6, passa por demarcar as várias épocas de intervenção do edifício, sendo que esta proposta é um desses capítulos de metamorfose e reenquadramento urbanos.
Pretende-se evidenciar os diversos tempos da edificação: da construção original que remete para uma estruturação industrial nos pisos 0 e 1; da ampliação à época de 1912 que incluiu o piso 2 e o torreão central na fachada nascente; e a nova intervenção de carácter contemporâneo em relação ao piso amansardado e ao volume metálico. Trata-se de um diálogo que não é novo: entre a pré-existência e a proposta contemporânea.
Procedeu-se a um conjunto de alterações, com enfoque particular na acessibilidade e reorganização funcional das frações, ajustando-as às necessidade e exigências atuais, que melhorarão decisivamente as condições de salubridade, acessibilidade, habitabilidade e segurança em cada fração, mas também para promover o desempenho estrutural do edifício, assegurando a necessária resistência ao sismo, atualmente inexistente.
Neste sentido, optou-se por assumir materialidades e linguagens que correspondam a esta intenção de marcar épocas e distinguir intervenções: no edifício ‘antigo’ elegeu-se materiais e elementos que remetem para a época original como rodapés decorativos, portadas em relevo, desenho de sancas, etc.; no edifício novo assume-se esta diferenciação com uma ‘pele’ metálica que envolve este volume no exterior, e no interior criou-se espaços de carácter contemporâneos com detalhes minimalistas.
Projeto
Águas Livres 6
Localização
Travessa das Águas Livres 6-12, Lisboa
Uso
Habitação
Arquitetura
Pedro Carrilho Arquitectos
3D
Estúdio 11 Archviz – Imagens Interiores
Área
3 000 m²