Nos primeiros pisos de um edifício dos anos 80, que acolheu anteriormente um estúdio de dança, a intervenção passou pela criação de um T3 no piso de cima e de um quarto suplementar no rés-do-chão. Aproveitando a estrutura existente em betão, procurou-se redefinir completamente os espaços, procurando trazer clareza, profundidade e luz, e revelando assim a orientação dupla do apartamento, que uma transformação anterior fez desaparecer.
As novas escadas conduzem a um hall central, o novo centro de gravidade do apartamento, que reúne luz, vistas e usos. Entre a rua a norte e o pátio a sul, a sala relaciona-se intimamente com o quarto grande, enquanto uma grande janela interior por cima das escadas dá uma nova profundidade à cozinha, em direção ao quarto das crianças. Como se procurava enfatizar estas transparências, os três quartos abrem-se através de grandes portas de correr.
Procurando não esconder a pesada estrutura existente, os volumes brancos parecem jogar com esta. Procuram absorvê-la, imitá-la, e amplificá-la de forma a oferecer uma dimensão mais doméstica aos espaços. Desta forma, a espessura dos vazios e dos desfasamentos tentam conciliar tranquilidade, calma, poesia e usos.
https://thibaud-herent.divisare.pro
http://www.domalomenos.com/
Projeto
Reabilitação de um apartamento, Paris
Localização
Paris, França
Cliente
Privado
Arquitetura
Thomas Goldschmidt + Thibaud Herent
Área
140 m2
Data
2017 – 2018
Empresas
Petit, Djelec, Aquaplomberie, FM Menuiserie, Calvados, Escaffre
Fotografia
do mal o menos – Eduardo Nascimento