Auchan Bayview

Auchan Bayview, um hipermercado que renasce e reinventa a relação com o território.

Discreto e integrado, parece emergir do solo quase como um anfiteatro a partir do qual se pode observar o mar e o espetáculo urbano circundante.

Localizado na entrada nascente de Cascais, o princípio orientador do projeto foi a integração desta nova volumetria na envolvente, minimizando significativamente o impacto visual e ambiental inerente a tipo de infraestruturas.

Inserido no Bayview, um projeto de reorganização e requalificação urbana de um território com cerca de 50.000 m2, este estabelecimento comercial vem trazer novas relações formais e espaciais com a envolvente e a vila.

A nova disposição dos volumes acompanha o declive do território, fazendo com que o edifício se apresente como se enterrado, camuflado na paisagem.

A relocalização deste estabelecimento em zona mais afastada da Avenida Marginal, permitiu ainda reenquadrá-lo numa extensa praça pedonal rodeada de vegetação.

As coberturas ajardinadas não são apenas um elemento estético, mas verdadeiros espaços de fruição, quase como anfiteatros dos quais se pode observar o espetáculo urbano.

As áreas de estacionamento e cargas e descargas passam a ser subterrâneas, libertando a superfície e potencializando os acessos pedonais. Acima do solo, a edificação desenvolve-se em três pisos pelos quais se distribuem as áreas comerciais e de serviços.

A luz natural impera nestes espaços graças às grandes janelas e claraboias.

O último piso organiza-se em torno do Food Court, virado a Sul, possui uma fachada envidraçada, ladeada a toda a largura por uma língua de esplanadas que se debruçam sobre a Baía de Cascais.

Esta disposição vem reinterpretar uma ambiência de comércio de rua, que não se encerra sobre si mesma, mas que se quer aberta e em relação com o território.

Um dos maiores desafios deste projeto foi garantir que o hipermercado anteriormente implantado neste território, com todas as suas áreas dependentes, se mantivesse sempre em funcionamento, mesmo durante as fases de demolição.

• Francisco Nogueira