Casa 27

 

A casa 27, inserida num bloco de quatro casas entrelaçadas, construída na década de 80 apresentava sinais de desgaste e mau comportamento energético, até mesmo de difícil habitabilidade quando exposta aos picos sazonais, assim como uma certa insalubridade, dado que um dos quartos não beneficiava de aberturas para o exterior.

Na sequência da intervenção à cobertura, revela-se fundamental resolver os problemas de organização interior do piso do sótão, onde a manutenção do programa funcional se impõe.

Desta forma, a parede contígua à escada de acesso assume-se como elemento determinante na organização do espaço. Este elemento arquitetónico, animado por uma composição ritmada de painéis de madeira pintados, esconde os acessos aos quartos e, carateriza o espaço de chegada ao sótão, que para além de funcionar como zona de distribuição do piso, assume-se como sala de estar.

Os quartos são iluminados por clarabóias, onde a luz escorre pelas paredes brancas, criando o contraponto entre estas e os painéis de madeira pintados que acolhem os roupeiros.

O verde musgo, cor terra, procura uma combinação harmoniosa entre o branco puro e as madeiras do taco existente nos pavimentos.