Por se tratar de um terreno com um acentuado declive, a implantação desta moradia procurou adaptar-se às imposições formais do terreno de modo a garantir uma melhor integração e harmonização, reduzindo os impactos paisagísticos.
A cota de soleira e as restantes cotas de implantação, foram implementadas de modo a gerir a relação com os edifícios circundantes, tendo mesmo esta relação definido a disposição,e grande parte das opções formais desta moradia. Assim, devido à volumetria do edifício situado a Poente, foi necessário elevá-la e afastá-la do limite da estrada o mais possível, de modo a conseguir usufruir da vista sobre a baía do Funchal, onde a luz é mais abundante.
Devido à disposição e à cota de implantação bastante elevada dos apartamentos que coroam os limites Norte e Nascente deste terreno, foi necessário orientar esta moradia para Sul e Poente, de modo a obter alguma privacidade.
Conseguiu-se, com esta localização, estabelecer uma maior harmonia entre o grande desnível de cotas de implantação das construções limítrofes, respeitando deste modo a forma natural do terreno. Para vencer as diferenças altimétricas do lote, foi necessário recorrer à utilização de uma rampa, procurando ao máximo que este percurso fosse ao encontro das linhas e das direcções do edifício projectado, o mesmo acontecendo com os necessários muros de suporte, nos quais se distribuíram áreas habitáveis, para que estes transmitissem alguma animação e se tornassem parte integrante do projecto desta moradia.
O edifício encontra uma relação privilegiada com as áreas ajardinadas que se encontram adjacentes, as quais se podem percorrer na totalidade do terreno. Há por este motivo, um conjunto de percursos exteriores que vão ao encontro da ideia da manutenção de amplos espaços verdes.
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