DNS.PT

A DNS.PT é uma requalificação e ampliação de um edifício existente, com preservação da fachada, localizada no Marquês de Pombal em Lisboa. Pretendendo-se reorganizar o interior e aumentar o número de pisos para três (pisos 1, 2 e 3).

O projeto tem como conceito assumir a coexistência e conexão entre duas temporalidades diferentes. Explorar a “história” do edifício num contexto de diálogo de uma intervenção contemporânea, consentânea com a atividade ligada às novas tecnologias. Trabalhar a luz, enquanto matéria-prima da arquitetura, reveladora da plasticidade escultórica dos espaços interiores e elemento unificador.

A organização funcional/espacial do edifício baseia-se no espaço vazado interior, que é assumido como componente nuclear de toda a proposta. É através da recriação deste espaço, com dimensões mais adequadas, que a luz natural atravessa o volume e liga os espaços interiores do edifício. A configuração marcadamente vertical do elemento vazado, com triplo pé direito, é parcialmente ocupada pelas escadas que unem os diferentes pisos e que assumem um papel escultórico, revelado pela permeabilidade visual e luz zenital. É em torno deste “sólido vazado” que se organizam, em anéis sobrepostos, as circulações horizontais nos vários pisos. Os enfiamentos visuais e elementos contrastantes observáveis ao longo dos percursos, originam o efeito promenade.

As cores claras e o recurso a elementos em vidro permitem a permeabilidade da luz e o seu direcionamento e controlo.

Os três pisos possuem uma hierarquia funcional, estratificada verticalmente, agregando nos diferentes níveis os espaços de acordo com os seus usos.

Quanto à escolha da materialidade, teve-se como objetivo criar um espaço que respire por si próprio, minimizando eventuais ruídos visuais. Explora-se uma paleta de tendência monocromática e luminosa com apontamentos estratégicos de cores saturadas. Foram assim usadas, para alem da cor quente da madeira nos elementos existentes preservados, uma paleta base de cores neutras, claras, branco e pontualmente preto, num diálogo entre a arquitetura e a sua apropriação/humanização, como por exemplo o betão claro como pavimento de espaços novos, como o auditório e a copa. Como pavimento de entrada e biblioteca foi adotado um mármore pele de tigre.

A cor aqui é utilizada como ferramenta para quebrar uma possível monotonia cromática, criando espaços estimulantes e criativos.

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FICHA TÉCNICA

Projeto

DNS.PT

 

Localização

Lisboa, Portugal

 

Arquitetura

Miguel Amado Arquitetos

 

Arquiteto Líder, Coordenador

Rosário Ribeiro

 

Arquitetos

Miguel Ribeiro Amado, Sofia Ornelas Neves

 

Estruturas, águas, águas Residuais

Englisplan

 

Avac e Térmico

Traço Aberto

 

Eletricidade e Telecomunicações

Nichos Urbanos

 

Construtor

Planirest

Fabricantes
CASTELHANO & FERREIRA, CLIMAR, Efapel, MÍNIMA, Sanindusa, Sanitana, Sika

Fotografia
Sofia Dourado

 

Área

787 m²

 

Data
2022

 

 

Galeria
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