Trata-se de uma reabilitação funcional do edifício de habitação e comércio, construído em 1962 e localizado à Av. António Augusto de Aguiar nº 104, em Lisboa e realizado pela MLeP, lda, sob a coordenação da arquitecta Marisa Lima.

O edifício é composto por cave, rés-do-chão, e oito pisos elevados, sendo o último recuado, e onde o rés-do-chão se destina a uso comercial, tendo sido o projecto de alterações realizado de modo a promover a reabilitação funcional integral do edifício, adaptando os espaços interiores e criando 13 fracções autónomas para habitação e 1 loja no Rés-do –chão.

Foram introduzidos reforços estruturais no sistema resistente de forma a proporcionar ao edifício características que correspondem às actuais exigências de conforto e dos regulamentos em vigor.

Foram substituídas todas as redes de infraestruturas, o que permitiu a introdução de novas funcionalidades que garantem ao edifício resposta eficiente às demandas de consumo através dos sistemas térmicos, acústicos e energéticos introduzidos, tendo em conta os padrões de conforto ambiente que os fogos hoje apresentam.

Pelo exterior, foi introduzido um sistema de isolamento térmico, sendo a fachada poente protegida por um sistema de sombreamento exterior em lâminas de alumínio que proporciona uma imagem exterior diferenciada.

A fachada nascente, em oposição à outra, foi tratada de modo a dar uma maior leveza ao conjunto, apresentando guardas em vidro temperado, e aberturas alternadas, procurando com isso integrar-se à imagem da envolvente urbana onde se insere.

Os apartamentos apresentam uma imagem diferenciada de qualidade ímpar associada a um excelente nível de iluminação natural nos compartimentos.

Os pavimentos interiores são em madeira maciça de sucupira, bem como as carpintarias, o que impõe uma imagem de características sóbrias, sendo as instalações sanitárias revestidas a pedra de lioz ou mármore branco.

Os tectos falsos apresentam materiais que garantes uma excelente característica acústica, o que permite um excelente padrão de conforto e qualidade dos apartamentos.

Foi introduzido um núcleo de circulação vertical com dois elevadores, e que serve todos os pisos de habitação a partir do hall de acesso.

O acesso de viaturas à cave é feito com recurso a um monta-carros, e o acesso principal encontra-se nivelado com a via pública e é feito a partir da Av. António Augusto de Aguiar.