O projecto de modernização da escola secundária D. Dinis teve a particularidade de ser pioneiro no âmbito das reformas em curso levadas a cabo pelo Parque Escolar, e simultaneamente corresponder a uma tipologia que abrange cerca de 70% das escolas secundárias em Portugal – a Pavilhonar.
Os projectos pavilhonares, maioritariamente construídos durante a década de 70, foram projectos elementares, seja do ponto de vista programático e funcional, seja do ponto de vista construtivo, onde a ausência de isolamentos térmicos ou acústicos, de infra-estruturas de climatização e outras revelavam a um só tempo a escassez dos empreendimentos.
A reforma de modernização assentou em primeiro lugar numa melhoria programática acrescentando e recolocando espaços funcionais (como é o caso da biblioteca, sala polivalente, áreas de estudo livre para alunos e professores, espaços departamentais, etc.) numa localização epicentral face às construções existentes para que toda a actividade escolar gravite em seu redor. Por outro lado melhorar as condições arquitectónicas, construtivas e respectivas infra-estruturas nas edificações existentes. Por fim, oferecer à escola condições que permitam uma melhor gestão e exploração dos seus próprios recursos.
O edifício novo, que diferencia a escola secundária D.Dinis, é uma espécie de espaço central, sem principio nem fim, onde se instalam as funções vitais da nova escola, e a partir do qual se coligam todos os pavilhões existentes. Aquilo a que nos primeiros debates, que antecederam o projecto de modernização, sempre foi apelidado de “learnig street”. O sistema construtivo deste novo edifício não foi indiferente ao facto de toda a construção ter sido realizada em apenas seis meses, tendo-se optado por uma tipologia de obra limpa, estrutura metálica e paredes exteriores em sistema de “sandwish”, acabada a chapa ondulada quer no exterior quer no interior.
A cobertura é também em chapa metálica, sobre a qual se apoiam os respectivos isolamentos térmicos e acústicos. Contrastando com a cor branca da parede periférica, o pavimento contínuo é vermelho, elemento que se estende às construções existentes, e que de certa forma unifica o conjunto.
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FICHA TÉCNICA
Localização
Chelas, Lisboa
Projecto
2007-2008
Dono da Obra
Parque Escolar EPE
Arquitectura
Coordenação
Ricardo Bak Gordon
Arquitectura
Colaboração
Luís Pedro Pinto, Pedro Serrazina, Sónia Silva, Vera Higino, Walter Perdigão
Especialidades
Fundações | Estruturas | Instalações Hidraúlicas
BETAR
Instalações Eléctricas | ITED | AVAC | Física | Acústica
LMSA
Paisagismo
PROAP
Empreitada
Mota-Engil
Área do Lote
25.730 m2
Área Bruta de Construção
1.500 m2
Créditos Fotográficos
Fernando Guerra
Galeria