Categorias: Unifamiliar
Um terreno de reduzida dimensão, cerca de 100m2, localizado numa rua estreita, bastante descaracterizada e diversificada, no centro da cidade do Porto. A última casa de um conjunto de três habitações, um caminho de servidão, que era necessário manter, e uma longa empena de cor vermelha. Um programa tradicional para uma família com um filho.
A construção existente encontrava-se devoluta não evidenciando interesse do ponto de vista arquitectónico, optando-se pela demolição integral. Assim, o projecto partiu da procura do equilíbrio entre a resolução de um programa minimamente aceitável para a exiguidade do terreno disponível e o enquadramento difícil com a envolvente, o que conduziu a uma solução material mais abstracta e intemporal: um volume em betão aparente.
Respeitando a área de ocupação permitida e alinhamentos impostos, a construção ocupa a frente do lote criando dois momentos, um positivo, a casa, e um negativo, o logradouro na parte posterior do terreno.
A entrada, localizada no limite norte num segundo plano, junto à viela, o andar recuado, os rasgos longitudinais em vidro escuro, que tentam a articulação com as diferentes alturas existentes nos edifícios contíguos, contribuem para a desmaterialização do volume. O betão aparente e o vidro foram escolhidos pela sua capacidade de transformação com o passar dos anos e a grande durabilidade, quando tratados de modo adequado, conseguem dotar a casa de um certo caracter intemporal.
A entrada, localizada no limite norte num segundo plano, junto à viela, o andar recuado, os rasgos longitudinais em vidro escuro, que tentam a articulação com as diferentes alturas existentes nos edifícios contíguos, contribuem para a desmaterialização do volume. O betão aparente e o vidro foram escolhidos pela sua capacidade de transformação com o passar dos anos e a grande durabilidade, quando tratados de modo adequado, conseguem dotar a casa de um certo caracter intemporal.
Em contraste com a imagem robusta do exterior, o interior surge luminoso e cálido, com paredes e carpintarias brancas e o pavimento em madeira clara. A escada, elemento central, liga todos os pisos, desde a cave, onde se localizam a lavandaria e áreas técnicas, até ao piso recuado, um espaço polivalente aberto sobre um terraço parcialmente coberto.
A habitação é bastante fechada, na procura de privacidade relativamente à envolvente, abrindo-se apenas ao nível do r/Chão, através de um amplo envidraçado, para o pátio, gerando espaços de transição entre interior exterior. Um recanto verde e tranquilo no meio da cidade.
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FICHA TÉCNICA
Arquitetos
Base arquitetura
Localização
R. de Marracuene, Porto, Portugal
Autores
Rita Gonçalves, João Gomes, Nuno Barbosa
Área
180.0 m²
Ano do projeto
2014
Fotografia
Do mal o menos
FOTOGRAFADO POR
Galeria