Lugar comum

Do mundo para Vila do Conde. As interseções do caminho, que conduzem numa única direção. Um casal que viajou pelo mundo e escolheu Vila do Conde para viver. Multiculturalidade, experiências e gostos individuais que se cruzam e encontram um lugar comum.

O principal desafio deste projeto foi desenhar um espaço, em que, partindo das referências pessoais dos seus proprietários, se projetasse uma nova identidade em comum. Assim, cada divisão foi pensada como um espaço único, mas parte de um todo, interligado por elementos de transição, como o teto, que garante unicidade e um ambiente acolhedor.

Os espaços comuns, como a sala e o escritório, foram pensados para transmitir uma sensação de conforto, harmonia e leveza e ancorar a relação com o lugar, Vila do Conde, marcado pela integração entre praias e pinhais. O travertino, em tons areia, e a madeira são os elementos preponderantes nestes espaços, aliando a robustez e intemporalidade da pedra à elegância e naturalidade da nogueira.

Sobre o minimalismo das formas e dos materiais, criam-se objetos de identidade marcante, como o candeeiro Moon, desenhado para representar a lua cheia, símbolo de prosperidade, em papel japonês, país de eleição de um dos proprietários e que serve também de inspiração a um dos quartos, cujos painéis em madeira e tela branca, criam um ambiente intimista e acolhedor, que o casal privilegia.

Os tons do mobiliário dialogam com os materiais, numa subtil, mas preponderante sintonia, acentuada pela iluminação ténue.  Com isto, pretende-se criar um espaço neutro e sereno, que sirva de página em branco à história que agora (re)começa.