A Moradia JS localiza-se na vila de Vagos, num terreno inserido numa zona predominantemente residencial. Pretendia-se uma moradia que se desenvolvesse em apenas um piso, sendo premissa fundamental que a mesma promovesse uma fácil relação entre os espaços interiores e o jardim e zona de lazer exterior, garantindo privacidade desse espaço exterior em relação ao arruamento.
O lote apresentava uma topografia relativamente plana, pelo que foi natural o desenvolvimento de todo o programa funcional da casa em apenas um piso.
A casa caracteriza-se por uma composição formal de um volume ortogonal recortado e com uma forte preponderância da cor branca. Trata-se de um volume assumidamente simples sem grande utilização de revestimentos adicionais nas fachadas. Assim, exteriormente surgem apenas alguns pontos revestidos com um cerâmico de cor cinza claro, apenas para demarcar momentos distintos na moradia, tais como a porta principal de entrada e a zona de lazer posterior.
Em termos de composição volumétrica e de distribuição dos espaços desejava-se que a casa se voltasse sobretudo para a parte posterior do terreno, de modo a conseguir obter maior privacidade face ao arruamento. Assim, na vista de rua a moradia apresenta uma volumetria e um carácter mais fechado e com poucas aberturas, sendo que a zona posterior surge muito mais aberta e com formato em “L” que cria uma zona de lazer exterior visualmente protegida da rua.
Internamente, os espaços da casa distribuem-se procurando colocar as divisões em contacto com o espaço exterior no sentido de promover a relação entre a casa e o espaço exterior envolvente. A sala surge no ponto central da casa e da volumetria, funcionando como o ponto de ligação entre todos os espaços desta. Na sala, procura-se privilegiar a relação visual com todos as zonas do terreno, sendo que esta tem aberturas de vãos com relação visual para praticamente todo o terreno, contudo é a sul que esta relação se procura mais forte, uma vez que a sul permite o contacto directo com a zona de estar exterior que tem também relação com a cozinha. Esta zona pavimentada exterior a sul funciona como um prolongamento da própria casa para o exterior de forma a promover o contacto dos moradores com o espaço envolvente. Também nos quartos se procura criar esta relação directa com o espaço exterior. Na parte mais posterior do terreno, encostada ao limite poente, implanta-se a garagem. Esta formalmente separada da casa, encontra-se ligada à casa através de uma pala e zona coberta que permite o acesso directo à casa e uma ligação e integração volumétrica da garagem na própria volumetria da casa.
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Projeto
Localização
Vagos, Aveiro, Portugal
Arquitectura
Arquitetos responsáveis
João Vieira e Fábio Sousa
Fotografias
Área total construída (m2)
270 m2
Ano de conclusão da obra
2021