Após a construção do Edifício da OROPOL SA no concelho de Castelo de Paiva, a Unidade Industrial tem vindo a demonstrar o pródigo crescimento a nível quer de funcionários, quer de clientes, quer de máquinas e matéria-prima relativa a uma das suas principais funções, a relojoaria.
Cada vez com mais perspetivas de crescimento a mesma começa a tornar-se insuficiente para abarcar todos os projetos e trabalhos futuros.
A OROPOL SA é uma empresa de capital suíço, que desenvolve a atividade de fabricação industrial e comércio de produtos de relojoaria, designadamente caixas de relógios, braceletes e fechos de relógios, uma atividade que já contribui e vai continuar a contribuir para a economia da região, tendo-se instalado em Castelo de Paiva, em Março de 2011.
Houve desde o início uma analogia entre os alpes suíços e a paisagem montanhosa que se vislumbra da fábrica.
Paisagem esta que se vai desmaterializando e culmina no Rio Douro.
Dado o terreno desocupado a nascente, avalia-se o mesmo e a pretensa da ampliação da Unidade Industrial existente para esse quadrante com uma área de implantação semelhante ao edifício existente (2700m2).
Pretende-se, com este projeto de ampliação sobretudo a continuação do aumento de produção e do número de funcionários.
Tornando-se, desta forma uma Unidade Industrial mais autónoma e com mais valências futuras.
O edifício caracterizar se por 2 pisos e uma cave técnica, tendo estes, na sua globalidade características diferentes.
O piso da cave existente: dedicado em exclusivo a equipamentos de auxílio à produção que não irá sofrer qualquer alteração.
O piso rés do chão atual: a nível interior tem uma zona de entrada com um hall, zona de receção e respetivos espaços de apoio: sala de reuniões e instalações sanitárias para clientes.
A área restante, organiza-se da seguinte forma: sala de monta-cargas, caixa de escadas com acesso direto ao exterior, zona de laboração, piso -1 e acesso ao piso do andar.
Adjacente às comunicações verticais, instalações sanitárias masculinas e femininas de apoio ao espaço de laboração.
Por fim na parte posterior existe uma área técnica onde foram colocados os equipamentos técnicos.
Assim sendo através de uma passagem coberta e fechada para nascente surgirá a ampliação desse mesmo piso, com uma implantação descolada do atual edifício em cerca de 8 metros, possibilitando que haja espaços exteriores de lazer e sobretudo diferenciar arquitetonicamente ambos os edifícios com imagens distintas.
Esse piso será dedicado igualmente para laboração com inclusão de máquinas CNC, será incluído um aumento da zona dedicada a instalações sanitárias para abranger os novos funcionários, gabinetes de apoio, comunicações verticais circundando um novo monta-cargas que servirá esse piso e o novo andar a projetar que irá comunicar igualmente com o existente. Na parte posterior desta ampliação existirá uma área dedicada para área técnica.
No piso do andar atual, todas as áreas serão mantidas, nomeadamente, instalações sanitárias, sala de reuniões, instalações sociais, zona de laboração onde existem máquinas de polimento e lavagem de peças.
Através desse piso, como referido acima, existe uma passagem para a nova ampliação através de um passadiço coberto e fechado, que dará acesso ao novo edifício , espaço dedicado exclusivamente para laboração (máquinas de polimento e máquinas de lavagem), piso este promovido com comunicações verticais ao piso inferior através de um escada interior e monta-cargas, instalações sanitárias de apoio aos funcionários e por fim, localizada na parte posterior do edifício existirá uma escada metálica exterior, para dar cumprimento à legislação de segurança contra incêndio como forma de evacuação em caso de emergência.
Com a imagem do novo edifício pretende-se uma abordagem arquitetónica de mais arrojada e distinta entre ambos os edifícios, porém cordial.
Solução esta, com caracter mais audacioso, com preocupações térmicas, tirando partido estético das lâminas que ora criam momentos de sombreamento ora criam momentos de luz mais ténue e controlada.
Tal como no edifício existente a predominância da madeira é um ponto relevante e de afirmação da imagem do edifício, daí as lâminas do novo edifício procurarem uma certa simbiose com o atual, com a lacagem das lâminas alusivas à madeira.
Trata-se de um edifício mais neutro, sobretudo a nível interior, em que a madeira deixa de existir e a estrutura materializa-se em estrutura de betão pintada a branco.
A nível de arranjos exteriores houve necessidade de uma reformulação completa, quer a nível de estacionamento, quer a nível de aproveitamento de todo o espaço possível no quadrante norte e nascente. Será construindo em toda a parte posterior do terreno um muro em gabião em forma de socalco mantendo-se parcialmente um talude como zona verde e por fim manter na “crista” do terreno a vedação metálica existente como término dos limites junto ao caminho de servidão às propriedades adjacentes.
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Projeto
Oropol
Localização
Castelo de Paiva, Portugal
Arquitetura
Em Paralelo
Arquitetos responsáveis
Arq.ª Cristina Vaz Santos e Arq.º Paulo Rodrigues
Fabricantes / materiais:
Révigrés: https://www.revigres.pt/
Grupo Sosoares: https://www.grupososoares.pt/pt/home
Sanindusa: https://www.sanindusa.pt/
Cin: https://cin.com/pt
Ninz: https://www.ninz.it/en/product/fire-doors
Fotografias
Ivo Tavares
Área construída
2600m2
Ano
2023
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