O programa consistia em reabilitar a construção existente que, dado o seu estado de degradação, funcionava apenas como apoio à atividade agrícola, contudo, era necessário pensar numa área de habitação. Esta construção era composta por uma área em alvenaria de pedra, tradicional, e um acrescento de pobres características e estado de conservação, em tijolo rebocado. Optou-se por demolir este último e destacar as características originais do volume de pedra. Existiam ainda outras construções tradicionais e de grande interesse como um Espigueiro, um Moinho, um Tanque e uma Eira.
Todas estas construções existentes, em alvenaria de granito, característica da região, foram recuperadas e, tendo ainda em consideração a manutenção das árvores e da vinha – muito importante por ser a fonte de rendimento da quinta – optou-se pela introdução de um segundo volume, o da habitação, enquadrando todas as construções existentes e enfatizando o espigueiro e a eira que resulta agora num pátio de lazer e também de atividade agrícola – como a tosquia dos animais.
Desta forma distinguem-se a recuperação do volume monolítico existente revestido a pedra para armazém e atividade agrícola, e o volume novo, também monolítico, composto por dois volumes sobrepostos e revestimento vítreo e metálico, animado pelas portadas de madeira que operam também como sombreamento, quando abertas.
Projeto
Quinta em Guimarães
Localização
Guimarães, Portugal
Arquitetura
Correia/Ragazzi Arquitectos
Arquitetos Responsáveis
Graça Correia, Roberto Ragazzi
Área
358.5 m2
Ano do projeto
2018
Fotografias
Nicola Belluzi