Categorias: Cultura
O conceito desta proposta parte da vontade de valorizar o que o acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é: um tesouro. Um tesouro que merece ser guardado num “Cofre” destinado ao que tem um valor único: o Conhecimento.
Assim, o Bloco Central do Anexo da Biblioteca Nacional é mantido e recuperado, sendo elemento gerador dos espaços à sua volta. Intocável na sua geometria, encontra-se “suspenso” sobre o espaço de leitura: o conhecimento sobre os que vêm à procura do saber. A libertação deste primeiro pavimento permite que a estrutura original seja mantida e valorizada.
A preocupação com a sustentabilidade ambiental e econômica é manifestada em todos os elementos construtivos do projeto, desde a organização do programa até à concretização, através da utilização de materiais de uso corrente no mercado. Pretende-se uma construção de custo controlado, com um sistema construtivo em estrutura de concreto. Foram considerados, também, os custos de manutenção, definindo soluções que permitam um funcionamento eficiente e fluído. As comunicações verticais e horizontais foram otimizadas, minimizando percursos, prevenindo questões de segurança contra incêndio e reduzindo custos de operação.
O Anexo da Biblioteca Nacional é um objeto arquitetónico emblemático e dinâmico, que permite leituras variadas: objeto singular na forma e plural no conteúdo. O revestimento exterior das suas faixas, em estrutura metálica revestida com chapa metálica, opaca e negra, remete para o contexto portuário e industrial e contrasta com a transparência e brilho das aberturas geradas pelo dinamismo da forma. A fachada é mais fechada junto ao nível da rua, ajustando-se ao limite do lote, e abre-se à medida que eleva-se, desenhando a torção das faixas que o compõem.
Este é um edifício que responde às expectativas de posicionamento do ABN no seu novo entorno, tornando-o centro cultural e exemplo de arquitetura contemporânea, reflexo da riqueza nele contida.
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