
A proposta “apresenta uma solução bastante conseguida em termos de relação arquitetura e urbanismo, respeitando a monumentalidade da Basílica e a malha existente, considerando, no geral, uma excelente integração urbana”, afirma o júri do concurso.
Além do projeto dar à cidade novas habitações a custos acessíveis, procura suprir a escassez de pontos de encontro nos grandes centros urbanos e a falta de espaço exterior das habitações. A partir da criação de novos espaços públicos, numa relação intrínseca entre estes espaços abertos a todos e os edifícios que os rodeiam, a equipa da MASSLAB pretende dinamizar e valorizar a vivência urbana, favorecendo a circulação pedonal e a transparência das áreas comerciais, salientando assim a importância do papel das pessoas no habitar da cidade.
Desde o início, a simbiose entre edifício e espaço público foi a premissa estruturante para o desenvolvimento da proposta. Esta vontade traduziu-se na criação de duas zonas públicas de grande dimensão – um jardim verde e uma praça pavimentada -, que apesar da aparente relação de oposição de ocupações, são complementares quando apropriadas pelo utilizador.
O jardim, assumidamente orgânico, é a casa para múltiplas experiências e conta com diferentes elementos multissensoriais: água, topografia, luz, vegetação e relação visual. A praça da Basílica é vista como um elemento regular e geométrico, que faz a conexão numa zona de confluência de percursos principais.
Numa localização privilegiada, os três blocos habitacionais complementam-se com a envolvente nas suas diversas escalas e na subtileza dos alçados, que minimizam o impacto da intervenção. Os edifícios evidenciam o desenho modular estrutural de tipologias distintas, que procuram adaptar-se a novas famílias, novas formas de habitar e fomentar um sentido de comunidade cada vez mais multicultural.