
A cerimónia de entrega do Prémio terá lugar no dia 29 de abril, às 17h, no Auditório Domingos da Silva Teixeira, em Braga.
O Júri do Prémio Manuel Graça Dias, dst – Ordem dos Arquitectos, Primeira Obra, 2.ª edição 2024-2025, constituído pelos arquitetos Egas José Vieira, Presidente, José Manuel Carvalho Araújo e Patrícia Rocha Leite, atribuiu, por unanimidade, o Prémio à obra de José Pedro Lima, trabalho com o título «Pavilhão de Jardim. Forma | Foyer».
O Júri assinalou a atitude do autor, com consistência, equilíbrio e maturidade, demonstrada numa primeira obra de arquitetura. Trata-se de uma obra menos convencional e que revela algum despojamento, não obstante a definição clara de uma ideia de arquitetura enquanto forma de organizar, apropriar e habitar o espaço. Num lote típico do Porto, o autor implantou um novo corpo que proporciona uma nova relação da habitação principal e dos seus habitantes com o jardim, entre duas cotas, e funciona como foyer que oferece vivências complementares, como uma extensão da sala pelo jardim.
A solução é arrojada, revela alguma audácia na introdução da cor conseguindo produzir um espaço que, ao mesmo tempo, mantém um ambiente intimista, familiar e tranquilo.
O Júri reconheceu o cuidado posto na análise do lugar e das necessidades do programa bem como o controlo a nível construtivo.
Também por unanimidade, o Júri deliberou destacar as obras «Casa Aurora» de André Azevedo, «Casa Luzim» de Juliano Ribas e Cíntia Guerreiro, e «Ladeirinha» de Elói Gonçalves, de entre as restantes candidaturas, num total de 32.
O Prémio Manuel Graça Dias, dst– Ordem dos Arquitectos, Primeira Obra, destina-se a reconhecer e a celebrar a qualidade da arquitetura produzida pelos arquitetos com formação recente, como modo de incentivar a prática profissional, no sentido da inventividade, considerações ambientais, e boas-práticas, no quadro das medidas de informação, sensibilização e educação, da Política Nacional de Arquitetura e Paisagem.
É atribuído através de um concurso bianual e visa incentivar e promover o reconhecimento público de autores de obras de arquitetura que tenham sido construídas nos primeiros dez anos após a sua inscrição como membro na OA e constituam peças significativas no enriquecimento da arquitetura em Portugal.