Plano Humano Arquitectos nomeado para o Prémio Europeu de Arquitectura Contemporânea – Mies van der Rohe Award 2019

Categorias: Arquitetura

O atelier Plano Humano Arquitectos está nomeado aos Prémios EU Mies Award 2019.
O Prémio Mies van der Rohe é o prémio bianual oficial de arquitetura da união Europeia. É o mais importante galardão da arquitetura europeia promovido pela União Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, entidade com sede em Barcelona.

Pretende reconhecer a excelência da arquitectura produzida na Europa em termos sociais, culturais, técnicos, estéticos e construtivos, contemplando diversas tipologias e enquadramento territorial.

As obras seleccionadas pretendem representar a produção arquitetónica no território da União Europeia no biénio 2017-2018.

A obra da Capela de Nossa Senhora de Fátima irá agora integrar o conjunto de nomeados pelas diversas organizações profissionais, peritos independentes, e instituições dos países europeus, com vista à selecção de uma shortlist de 40 obras que será divulgada em Janeiro de 2019, e cujas obras serão obrigatoriamente visitadas pelo Júri, para posteriormente eleger os 5 finalistas, que apresentarão os seus trabalhos, e estarão presentes em Barcelona em Maio de 2019 na cerimónia de entrega de Prémios, onde será revelado o grande vencedor.

O Júri, cuja composição nominal não foi ainda anunciada, será secretariado por Anna Ramos, Directora da Fundación Mies van der Rohe (Barcelona).
O Mies van der Rohe Award tem distinguido diversos arquitectos com obra no espaço europeu, tais como os reconhecidos, OMA (2015), Zaha Hadid (2013), Rafael Moneo (2011), Peter Zumthor (1998), entre outros, tendo na sua primeira edição (1988), sido atribuído a Álvaro Siza pelo projecto do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde.

Sobre o Projecto
A Capela situa-se em plena região centro de Portugal, no concelho de Idanha-a-Nova no Centro Nacional de Atividades Escutistas (CNAE), do Corpo Nacional de Escutas-Escutismo Católico Português.
A localização escolhida é privilegiada, numa área de planalto, central no CNAE, em ambiente rural e natural, com um sistema de vistas extraordinário, que impulsionou a conceção do edifício.
A inspiração para esta construção, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, nasceu do âmago da experiência escutista: a vida ao ar livre, o acampamento, a tenda, a sobriedade e simplicidade das construções e estilo de vida. Também as extremas do edifício, de forma pontiaguda, fazem uma alusão ao lenço escutista, símbolo da promessa e compromisso neste movimento.
Foi idealizada como uma grande tenda, de portas abertas a todos. Um ponto de acolhimento, abrigo e encontro. A sua forma muito simples, semelhante a uma tenda canadiana, estabelece-se em duas águas. A estrutura aproxima-se às pessoas na zona da entrada, onde o volume é mais baixo e mais estreito, mais próximo da escala humana, e alonga-se para a frente e para o alto, elevando o utilizador para algo superior, com uma paisagem deslumbrante como pano de fundo, que amplifica estas sensações.
A água atravessa todo o espaço da capela, num caminho que se desenvolve até ao altar – lugar central de qualquer espaço celebrativo cristão – e posteriormente para a paisagem, encaminhando o utilizador para a cruz, que fora da capela, no mesmo alinhamento, pontua a paisagem e consolida a sensação de amplitude e projeção para o Divino.
A estrutura de madeira e zinco confere um aspeto exterior simples e protetor ao templo, e um ambiente confortável e acolhedor no interior, onde a estrutura de 12 vigas, numa alusão aos Apóstolos, foi deixada à vista, mostrando a verdade e simplicidade construtiva. Com um comprimento total de 12m, a estrutura atinge o seu ponto mais alto aos 9m, após o Altar, onde o elevar da viga principal aumenta a profundidade do espaço e destaca este ponto sacro.
Os materiais escolhidos integram o edifício na envolvente, na prática escutista, e no conceito arquitetónico. A madeira é um material muito utilizado pelos escuteiros nas suas construções. É um material natural e tradicional, que confere solidez e conforto.
A capela está ao serviço da comunidade escutista, e permite que em celebrações para maior número de pessoas a assembleia possa ficar no exterior, ficando o celebrante virado para a paisagem, passando desta forma a capela a funcionar como um Altar.

O projecto da Capela foi premiado recentemente com o VMZINC® ARCHIZINC TROPHY, o Architizer A+ Award 2018, e está também nomeado para os prémios “Prémios Construir 2018”, e WAF – World Architecture Festival Awards 2018, que irão decorrer em Amesterdão já no final do mês de Novembro.

Galeria
noticias RELACIONADOS
PUBLICIDADE