
É composto por uma divisão, com cama/sofá , uma instalação sanitária e um lavatório isolado, um terraço que permite vistas para a envolvente e com capacidade para duas pessoas. Na sexta-feira, dia 10, abre ao público, em Coimbra, no Jardim Botânico.
O Treehouse Hotel é um projecto experimental de arquitectura e design desenvolvido pelo estúdio das que aborda temas essenciais para o futuro da nossa sociedade.” Consiste num micro-hotel de madeira, móvel, que se pode deslocar facilmente de um ponto para outro. Já esteve em Lisboa, no Jardim Botânico, em Silves, junto ao rio Arade e em Leiria, numa pequena ilha no rio Lis. Na sexta-feira, dia 10, abre ao público, em Coimbra, no Jardim Botânico.
Apesar da sua pequena escala – é composto por uma divisão, com cama/sofá, uma instalação sanitária e um lavatório isolado, um terraço que permite vistas para a envolvente e com capacidade para duas pessoas -, é grande em ambição e complexo ao nível dos valores que evoca. E resulta da colaboração estreita de uma equipa miltidisciplinar, que inclui , para além dos arquitectos, biólogos, paisagistas, empresas de construção e indústrias.
Inspirado na natureza e não na arquitectura, o projecto demonstra uma preocupação sustentável, “não só apenas na sua implementação física, mas nas ideias e pensamentos que poderão estimular e aumentar a atenção das pessoas para valores importantes que poderão inspirar a nossa sociedade no futuro”.
E o seu encanto assenta em soluções extremamente simples para estimular os seus visitantes: por um lado, é construído de madeira, material natural, reciclável, facilmente desmontável e durável e que permite grande flexibilidade de forma. Além disso, “a construção de madeira evoca o imaginário de uma casa na árvore e todo o universo fantástico a ela associada. Uma casa na árvore é um lugar mágico, um esconderijo romântico dentro da natureza”, refere o atelier dass.
Por outro, a escala. Para o ocupante, a micro-arquitectura permite um maior contacto com a natureza e, à semelhança de um abrigo, questionar o que de facto é essencial para a sobrevivência e bem-estar do ser humano e do planeta. Do ponto de vista arquitectónico e construtivo, permitiu à equipa de projectistas “ter uma visão experimental do processo criativo, sendo “uma oportunidade para o desenvolvimento de novos materiais e métodos de pré-fabricação, poupando recursos naturais e financeiros”.
Finalmente, a oportunidade. Actualmente “metade das 6,5 biliões de pessoas que povoam o nosso planeta vivem em cidades e o crescimento da população urbana está a crescer 1 milhão por semana. Como é possível construir uma cidade de um milhão de habitantes por semana? O Treehouse Hotel questiona os processos universais de criação da cidade e da arquitectura no presente e expõe estas questões perante valores universais da vida humana: felicidade, tolerância, sustentabilidade, obrigando os seus visitantes a reflectirem, livres de constrangimentos (sociais, económicos ou políticos), sobre a evolução da vida urbana para um ambiente natural e ecológico”.
Mais do que um hotel, o TreeHouse encanta e surpreende e procura que os seus ocupantes se deixem surpreender e encantar com a simplicidade da arquitectura e da natureza. Como se fosse uma caixa de surpresas.