O Museu Berardo, o Museu da Electricidade e o Museu do Chiado abrem, entre quinta-feira, 14 de Outubro e até sábado, 16 de Outubro, as suas portas para falar de casas. “Vamos falar de Casas” (Let’s Talk About Houses) é, justamente, o tema central da segunda edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Em cerca de três mil metros quadrados do Museu Berardo vai decorrer, quinta-feira, às 19h30, a inauguração daquela que é considerada a exposição axial desta segunda edição da Trienal: “Falemos de Casas: Entre o Norte e o Sul”, comissariada por Manuel Graça Dias, Ana Vaz Milheiro, Pedro Pacheco, Luís Santiago Batista, Peter Cook e Diogo Seixas Lopes.
Esta mostra incidirá sobre as condições de habitação e novas soluções encontradas na especificidade das várias regiões do globo, tendo como pontos de partida experiências como “A Casa do Futuro” (1956), de Alison e Peter Smithson, e o projecto SAAL (1976), movimento de arquitectos portugueses contra o bloqueamento da gestão territorial (na foto).
Além desta exposição, o Museu da Electricidade irá acolher duas exposições com base em concursos lançados pela Trienal: “Falemos de Casas: Projecto Cova da Moura”, um concurso para estudantes de arquitectura e arquitectura paisagista, e “A House in Luanda: Patio and Pavillion”, concurso internacional para conceber projectos de casas para pessoas carenciadas.
O primeiro, procura soluções para a complexa situação do bairro da Cova da Moura e tem como comissário o arquitecto Manuel Aires Mateus; o segundo lançou um desafio à criação de proposta de uma casa familiar a baixos custos para Luanda e tem como comissário o arquitecto João Luís Carrilho da Graça. Este concurso internacional, recorde-se, recebeu mais de 600 propostas de arquitectos de todo o mundo.
“Falemos de Casas: Quando a arte fala arquitectura”, exposição comissariada por Delfim Sardo, poderá ser vista no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa, e debruça-se sobre a apropriação, por parte 40 artistas, de linguagens arquitectónicas.
Uma outra exposição, com comissariado de Ana Tostões, sobre a produção da arquitectura doméstica, vai estar patente no Centro Cultural de Cascais, além de diversos projectos associados à Trienal que serão apresentados no Museu da Cidade e em galerias de arte.
Da extensa programação, destaca-se ainda a realização da conferência internacional intitulada “Arquitectura [in] ]out[ Política”, nos dias 19 e 20 de Novembro, na Aula Magna, com a presença de arquitectos de renome internacional.
A segunda edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa decorre até 16 de Janeiro de 2011.
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