Localizada num bairro periférico da cidade da Guarda, a casa pretendeu responder à vivência entre o rural e o urbano. O lote apresenta uma envolvente com vários tipos de construção, consequência dos assentamentos informais e característica de grande parte das periferias das cidades Portuguesas. As ruinas existentes, vestígios de uma casa tradicional, e a configuração do lote, foram os princípios para o projeto. As exigências do programa – uma casa unifamiliar, levaram à ocupação quase total do terreno.
Num primeiro gesto, separou-se o novo do antigo, ainda que ligados pelo interior. Um volume de pedra existente, um volume de betão novo. De seguida, a luz no centro da casa. Criaram-se, assim, os dois vazios que definem a massa: a entrada e o coração da casa – o pátio. O pátio e as escadas são o centro da casa e da vida. Dois elementos essenciais para as relações espaciais que se pretendiam entre as diferentes partes da casa, entre o interior e o exterior. O programa foi dividido em dois pisos: sala, cozinha e garagem no rés-do-chão; quartos e biblioteca no piso 1. O quarto principal foi localizado num lugar privilegiado – na memória da casa antiga.
A escala da intervenção e a identidade do sítio estiveram sempre presentes no sistema construtivo e na escolha dos materiais: pedra, betão, aço e madeira de carvalho.
No interior, branco e o conforto da madeira. No exterior, pedra e betão são esculpidos da mesma forma.
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FICHA TÉCNICA
Arquitectura
Filipe Pina + Maria Inês Costa
Localização
Guarda, Portugal
Área
260m2
Data
2014
Fotografia
João Morgado
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